A experiência da mudança na busca de qualidade de vida

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Vereador vive e trabalha há 15 anos no campo / Crédito: Arquivo Pessoal / Divulgação

“O quanto eu precisaria ganhar para não ter essa vida?” essa indagação é também a resposta para dúvidas ou curiosidades que cercam Márcio Mallmann por conta de suas atividades cotidianas voltadas a administração de uma propriedade no interior de Estrela. Mesmo como presidente da Câmara de Vereadores de Estrela, e tendo substituído o prefeito entre a quinta-feira (26/1) e terça-feira (31/1) –, o enfoque dele está no campo.

Formado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com mestrado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Mallmann compartilha qual foi sua motivação para sair do centro de Porto Alegre para cuidar de frangos e peixes no interior de Estrela.

Conta que acordava às 5h30 e ficava cerca de 2 horas em transportes para chegar ao trabalho até que um dia ele e sua esposa – formada em enfermagem pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) –, optaram por ter mais qualidade de vida.

“Nós dois temos diploma na mão e estamos criando frango, e é algo que eu nunca me arrependi porque, com isso, eu posso ter a minha família. Eu tenho meus filhos do lado, a gente trabalha junto no dia a dia”, argumenta.

O vereador já trabalha no campo há 15 anos e reflete por quanto tempo precisaria trabalhar para conquistar o que já tem hoje se tivesse escolhido ficar na Capital, se teria a mesma segurança e estilo de vida. “A remuneração é uma coisa, mas o quanto eu precisaria ganhar para ter a minha casa?”, analisa e afirma que seu trabalho tem seus ônus e bônus, mas não o fez se arrepender em nenhum momento.

Não conhecemos o que não experimentamos
Mallmann avalia seu histórico no Legislativo estrelensa. Lembra de quando participou da primeira edição do Legislativo Mirim de Estrela, em 1995. Reconhece sua trajetória no setor e admite ser vereador hoje a pedido e escolha da comunidade.

Apesar de não ter como fazer “mudanças radicais”, ele julga interessante a experiência de atuar como prefeito, mesmo que por pouco tempo. “Eu vejo que foi muito bom isso para que se tenha esse diálogo de estar do outro lado do balcão. Foi uma experiência muito rica”, pontua.

O vereador teve a oportunidade de assinar o convênio entre Município e a Sicredi Ouro Branco no projeto das cooperativas escolares. Ele compartilha que oportunidade de endossar a ação foi uma honra. “Nós temos uma ligação muito forte com a educação e as escolas terem essas cooperativas é fantástico porque nós precisamos muito formar lideranças e nós precisamos disso. Vejo que nós só temos a ganhar”, ressalta.

Ele discorre sobre recepção dos alunos quando visitou as escolas e a observação dos alunos participantes das cooperativas que entendem que estão representando um grupo de pessoas. Destaca também a importância de reforçar formações em lideranças nas instituições de ensino para os resultados serem vistos na comunidade no futuro.

Expõe ainda a percepção de um consenso da maioria dos estudantes ao abordar que as gerações atuais têm a chance de serem melhores que as antigas.

“Hoje a educação deveria treinar os alunos para discernir e conseguir procurar o que é certo e errado”, pontua.

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