Após concluir o mandato de deputada federal no mês de janeiro, Márcia Scherer assume como subsecretária de Direitos Humanos, Inclusão, Igualdade e Fraternidade no governo do Estado. A pasta possui um “guarda-chuva” com outros setores importantes na sociedade que merecem atenção, como juventude e infância, mulheres, comunidade LGBTQIAP+, igualdade racial e inclusão aos povos indígenas.
Márcia reflete sobre a importância de ações do estado e de entender as esferas sociais que compõem o público-alvo desses trabalhos. “Nós seres humanos não somos um assunto só, um setor só, nós somos uma complexidade de demandas e de aspectos”, conceitua.
Ela considera um grande desafio trabalhar para as comunidades de foco da pasta, como ex-delegada e com experiência em ações deste tipo, afirma ser impossível não se emocionar ao debater a temática.
A lajeadense foi direcionada aos trabalhos após avaliação de suas experiências com pautas sociais. “Nossos gestores foram inteligentes nesse sentido de observar o currículo e buscar ali o que cada um tem de melhor para oferecer”, analisa.
Ela lembra de quando atuava na Polícia Civil oportunizou o atendimento a todos os públicos, conforme eles foram se destacando e, no caso de alguns, recebendo visibilidade. A subsecretária recorda da introdução de maiores ações voltadas a crianças em estado de abuso infantil, para viabilizar políticas para o setor. Defende que é preciso possuir o fator político para o Estado então demandar sobre o assunto.
Sensibilidade na gestão
Márcia Scherer comenta a importância de contar com gestores como Eduardo Leite e Gabriel de Souza, que incluem na pasta algo que vai além do que é demandado hoje – o tema fraternidade –, pressupondo a igualdade entre todos.
Discorre sobre a inclusão dos homens nessa perspectiva e exemplifica um lar violento, onde nenhum dos envolvidos está feliz. “A gente tem que ter esse olhar pro conjunto da família e da sociedade como um todo”, considera e acrescenta que não se exclui atenção quando se fala de grupos vulneráveis.
Experiência de deputada
Márcia Scherer reforçou a percepção de que o maior volume dos recursos está em Brasília e, enquanto cumpria seu mandato como deputada federal, visitou todos os ministérios. Aqueles vinculados à área estadual permitirá conexões por contato anterior com as pastas. Um exemplo é a proposta ao ministro para trabalhar a pauta acerca do aumento de casos de feminicídio, de forma interdisciplinada.
A gestora reforça a necessidade de ir às escolas para desconstruir a cultura masculina de não aceitar a rejeição. Mesmo com as mulheres se fortalecendo com a instituição da Lei Maria da Pena, Márcia ressalta que também é preciso desconstruir valores do machismo, do patriarcalismo.
Compartilha troca com secretarias do ramo de agricultura e debate com cooperativas do Vale do Taquari que trouxeram sugestões interessantes, que foram apresentadas em nível federal. “São questões que tu vai te envolvendo porque tua sociedade está te demandando”, comenta.
A política destaca a importância de gestores públicos colocar “no horizonte” o princípio de igualdade para todas as categorias sociais, e promover o bem-estar econômico e a dignidade dos cidadãos devem ser prioridades.
Representantes
A região perde por não ter representatividade na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. Márcia conclui conceituando o Vale como um “celeiro de fortes líderes”, ao falar do reconhecimento estadual e federal quando elege candidatos da região para assumir compromisso nas secretarias.
Segundo ela, é a introdução de vários candidatos de diferentes partidos ou de um mesmo, divide votos, mas acrescenta que eles não conseguem se eleger apenas com eleitores da região. “A minha intenção era ter compromisso só com o Vale então se a gente pensa a médio prazo em uma candidatura viável tu tens que olhar para fora do Vale do Taquari”, pontua.
Veja a entrevista completa: (17) Márcia Scherer assume função no governo estadual – YouTube (fazer qr code)
