Vegetarianos buscam alimentação saudável e menos prejudicial para meio ambiente

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Apesar do pensamento cultural, não é preciso consumir carne para ter alimentação saudável / Crédito: Katerina Holmes / Pexels

O vegetarianismo surgiu de práticas religiosas indianas e tinha o objetivo de não consumir comidas de origem animal como forma de pureza e para evitar infecções. Atualmente, esse tipo de alimentação busca diminuir o sacrifício de animais, os impactos ambientais e proporcionar alimentação saudável.

Conforme a nutricionista Débora Fernandes, não é preciso comer carne para ser saudável. Ao contrário do pensamento cultural acerca da necessidade do consumo animal, pode-se substituir por proteína vegetal como grão de bico, lentilha, feijão, entre outros. “O consumo de carnes não é a garantia de uma alimentação saudável. Para ter saúde precisamos de uma dieta nutritiva e bem estruturada, se não, pode prejudicar a nossa saúde independente de ter carne ou não”, alerta.

A servidora pública e instrutora de yoga, Laude Juliana Bayer, foi vegetariana há seis anos e, de acordo com ela, essa opção deixou a vida mais leve, diminuiu sua irritabilidade e trouxe mais disposição. A alimentação baseada em vegetais é mais barata quando o alimento é preparado pela mesma pessoa que irá consumi-lo.

Ela percebe um crescimento da preocupação com ofertas mais inclusivas para o público vegetariano e vegano, mas considera que ainda há muito a ser construída. Compartilha experiências em rodízios de pizza onde até mesmo aquelas com vegetais, tinham alguma carne adicionada. “As pessoas estão culturalmente influenciadas ao alto consumo de carne e têm pouco entendimento do que a carne representa”, observa.

Laude estuda a medicina tradicional Ayurveda há 2 anos e desde então adotou muitas práticas diferentes, sob orientação de uma nutricionista especializada nesta terapia. Descreve a alimentação como intuitiva e julga necessário buscar o autoconhecimento para poder identificar as necessitadas apresentadas por sinais corporais. “Tem funcionado muito bem, me sinto muito bem respeitando meu corpo”, reitera.

Desejo da gestação

A decisão foi de parar de comer carne foi para “ficar livre da energia negativa” do alimento. Mas, agora durante gestação ela admite sentir desejo e Laude decidiu introduzir o consumo de carne novamente. “Costumo respeitar as vontades genuínas, entendo que meu corpo sabe me dizer o que precisa. Portanto, nesta fase, quando tenho vontade, eu como”, afirma.

No início da gestação, revela, tinha muita vontade de consumir alimentos cítricos. Ao consultar com uma dermatologista para adaptar os cosméticos que poderia utilizar nesta nova fase, a profissional sugeriu utilizar vitamina C para favorecer a síntese de colágeno. “O meu corpo já havia me ‘informado’ sobre essa necessidade através do que as pessoas considerariam um ‘desejo de grávida’”, expõe.

Laude acredita que quanto mais se conhece, respeita e estreita a relação do corpo com a natureza, mais perto estará do equilíbrio. “A natureza é perfeita e nosso corpo é sábio”, conclui.

Diferença entre vegetarianismo e veganismo

O vegetarianismo é uma escolha alimentar envolvendo a retirada de produtos de origem animal da alimentação. Já o veganismo exclui o uso de itens de natureza desse grupo em outras esferas de consumo, como o vestiário.

Esse modelo nutritivo também tem quatro classificações: o ovolactovegetarianismo – utiliza ovos, leite e laticínios; lactovegetarianismo – consome leite e laticínios; e ovovegetarianismo – introduz ovos na alimentação.

Débora Fernandes sugere a busca por auxílio de um profissional capacitado antes de introduzir a dieta vegetariana para analisar qual a melhor alternativa de acordo com as necessidades de cada um e obter informações corretas e seguras. Segundo ela, desta forma o indivíduo terá amparo e dificilmente passará “aperto” diante de mitos sobre o assunto.

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