Ter uma família com filhos biológicos já deixou der ser sinônimo de homem, mulher e crianças. Graças a evolução da ciência, existem várias opções para tornar o sonho de gestar realidade.
Denise Krieger e Tânia Helena Escher, que estão juntas há quase 12 anos, sempre sonharam em ser mães e em 2017 começaram a buscar possibilidades. Agora, comemoram o dia das mães à espera de Zoe.
A ideia do casal sempre foi gestar, já que as duas poderiam tentar. Há seis anos, quando começaram a estudar sobre inseminação entraram na fila do SUS, mas tiveram esse pedido negado. Então tiveram que recorrer ao procedimento particular. “Nos preparamos financeiramente. Fomos em várias clínicas para entender como funcionava até decidir fazer em Porto Alegre. Conseguimos iniciar no final de 2019, mas logo tivemos que parar por conta da pandemia”, relata Denise.
Elas explicam que os óvulos foram coletados das duas e que não foi na primeira tentativa que o resultado deu positivo. As moradoras de Westfália retomaram o tratamento em outubro de 2020, quando fizeram a primeira transferência embrionária que não deu certo. Depois disso foram mais três tentativas.
A realização desse sonho começou, de fato, em novembro do ano passado, quando Tânia descobriu que estava grávida. “Estamos vivendo o nosso sonho mais lindo. Preparando tudo com muito amor para receber nossa garotinha”, afirmam.
ESPERA
Para as mamães e a família, a expectativa é grande. O apoio dessas pessoas para elas é fundamental desde o começo do processo. “Devido a nossa história, muitas pessoas se envolveram, recebemos muito amor das famílias e amigos. É algo que não temos explicação, o quanto sentimos que temos muitas pessoas que estão junto e que sonharam conosco para que isso tudo se tornasse realidade e se tornou”, cita Denise.
Ser mãe, para elas, era o maior sonho, por isso foi algo planejado. Na espera pelo mês de julho, quando deve nascer Zoe, elas já denominam o amor como: “algo mágico, incondicional, é um sentimento difícil de descrever, mas é um sentimento que nos lembra todos os dias, que somos as mulheres mais sortudas do mundo por poder gerar uma vida.”
A gestante, Tânia, também enfatiza a magia de ver a evolução do bebê, de passar as etapas da gestação e acompanhar essa mudança do corpo. Entre os momentos mais marcantes dessa fase ela
destaca os momentos que escutaram o coração da pequena. “Carregar uma vida e vê-la se desenvolvendo e ter alguém para dividir isso, alguém que sonhou tanto quanto, alguém que acreditou e não soltou a mão nos dias ruins, realmente não tem sentimento mais lindo e verdadeiro” descreve.
Sobre a questão de que a Zoe terá duas mães, elas dizem que não possuem muito medo de preconceito, por serem aceitas e inseridas na comunidade local. Mas projetam sempre explicar para ela. “Quando surgir alguma dúvida, vamos usar o diálogo como ferramenta. Também combinamos que quando ela tiver o entendimento, vamos levar ela para conhecer a nossa médica e a clínica, pois dará essa abertura para ela entender como tudo aconteceu”, finalizam.