Imigrante recebe capacitação em Sistemas de Irrigação voltados a hortaliças e frutíferas

Atividade organizada pela Emater/RS-Ascar e Prefeitura visitou produtores com técnicas variadas.

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Créditos: Divulgação

O município de Imigrante recebeu, nesta quarta-feira (24/5), uma capacitação em Sistemas de Irrigação, promovida pela Emater/RS-Ascar e pela Prefeitura. O objetivo foi apresentar os diversos sistemas de irrigação disponíveis e quais as suas aplicações na produção de hortaliças e frutíferas.

Na ocasião, um grupo de 40 agricultores, técnicos, representantes de entidades e lideranças percorreram quatro propriedades do município, onde puderam conhecer na prática o funcionamento de sistemas de irrigação por aspersão, gotejamento, fertirrigação e outros, com pequenas variações. 

A atividade foi conduzida pelo extensionista da Emater/RS-Ascar Marcelo Brandoli, que detalhou as vantagens de cada um dos sistemas, quais os equipamentos necessários (filtros, bombas, tubos), investimentos e manejos.

Em cada uma das propriedades visitadas, os produtores anfitriões puderam relatar suas experiências com o uso da irrigação, destacando o fato de um sistema adequado ser fundamental para uma maior economia, com ampliação da produtividade de forma sustentável, já que o recurso hídrico é melhor manejado. 

Substituição

Produtor de uvas e de hortaliças, o agricultor Josemar Massotti explicou como optou por substituir a irrigação por gotejamento em seus parreirais por outra com aspersão, o que garantiu uma maior uniformidade e uma melhor distribuição da água nas videiras.

Com manejo orgânico – que envolve coberturas de solo e caldas naturais na estufa -, a tendência é de um aumento de 30 a 40% na produtividade, somente com o uso correto da irrigação.

“O fato é que as videiras possuem um padrão de ramificação mais denso e mais espalhado, o que resulta em outro tipo de exigência hídrica”, salientou Brandoli. 

Reserva do recurso

Em cada uma das propriedades, os participantes também debateram o volume de água gasto em cada cultivo e quais as formas de reservar o recurso, distribuindo mais adiante em hortas e pomares.

Na propriedade da agricultora Marta Schafer, as sete estufas de morangos em bancada recebem três mil litros de água por dia, aplicadas em sistema de gotejamento. “Neste caso é um formato eficiente e que foi pensado desde o início”, comenta Marta, que comercializa as frutas diretamente ao consumidor final e também por meio de políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 

Já na propriedade dos Ferla, o uso de um sistema com botijão para irrigação de superfície garante ampla produtividade para as uvas das variedades Rainha, Itália, Rubi, Núbia, entre outras. “A gente até tinha dúvidas se esse cultivo daria certo, por talvez não estarmos em um local de clima adequado, mas isso não foi problema”, observa Lorena.

Ela afirma que o único problema com as uvas é o fato de ter pouca quantidade para vender. “Na verdade, a gente plantou porque o Gilmar gosta muito de comer uvas”, brincou, citando o marido. “Com manejo adequado e água em abundância tivemos sucesso”, completa. 

A última propriedade visitada foi a de Luiz Fernando Mollmann, onde se conheceu outro sistema. “O que se pôde observar é que a irrigação, se bem manejada, pode ser muito versátil, econômica e eficiente”, resumiu Brandoli.

Outras lideranças, como o gerente regional da Emater/RS-Ascar Cristiano Laste, além de representantes da Prefeitura, também acompanharam a ação. “A questão da água é tema central no nosso trabalho, sendo fundamental essa troca de conhecimentos e de experiências”, ponderou Laste, lembrando o fato de que quem quiser saber mais sobre o tema pode procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar. 

Créditos: Divulgação
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