Comitiva do Banco Mundial visita Lajeado para avaliar impactos da enchente

O grupo passou também por Muçum, Encantado, Roca Sales e Estrela e agora segue a Santa Catarina.

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Crédito: AI Prefeitura de Lajeado / Divulgação

Uma comitiva do Banco Mundial realizou uma missão de trabalho nesta quarta-feira (25/10), fazendo visitas a municípios do Vale do Taquari para conhecer as áreas atingidas pela enchente do início de setembro. O grupo passou por Muçum, Encantado, Roca Sales e Estrela. Em Lajeado, a missão esteve no gabinete e depois visitou o Rio Taquari junto ao Porto dos Bruder, local em que a orla foi construída como consequência da destruição causada pela cheia de 2020.

Na Prefeitura, os visitantes foram recebidos pela vice-prefeita Gláucia Schumacher e pelo engenheiro civil Isidoro Fornari Neto, além dos secretários da Segurança Pública, Paulo Locatelli, da Fazenda, Rafael Spengler, e do coordenador da Defesa Civil Municipal, Gilmar Queiroz.

A visita foi organizada pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo (BRDE), que participou da missão com Ranolfo Vieira Júnior, vice-presidente e diretor de Operações e Leonardo Busatto, diretor de Planejamento, além de técnicos do gabinete do vice-governador, Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Defesa Civil do Estado.

Os representantes do Banco Mundial foram o diretor para o Brasil, Johannes Zutt, Jack Campbell, o especialista sênior em Gerenciamento de Risco de Desastres e Gerente do Programa Sul Resiliente, Hannah Kim, especialista sênior em Desenvolvimento Urbano e co-gerente do Programa Sul Resiliente, Joaquin Toro, especialista líder em Gerenciamento de Risco de Desastres, Guilherme Todt, especialista em Salvaguardas Ambientais e Yuka Maekawa, consultora em Gestão de Projetos.

“Estamos à disposição das prefeituras com nossas equipes técnicas para projetos que possam ajudar os municípios. Percebemos nas visitas que questões como o diagnóstico da bacia hidrográfica, do uso de novas tecnologias e a organização da resposta dos municípios são pontos importantes”, disse Ranolfo.

Os objetivos da missão, segundo os organizadores, são:

  • Realizar visitas de campo nas áreas atingidas pelas enchentes para avaliar os impactos e ouvir as prioridades dos municípios gaúchos e catarinenses;
  • Realizar reuniões com os governos dos estados no âmbito do Programa Sul Resiliente para discutir as prioridades emergentes dos eventos adversos recentes;
  • Definir uma estratégia e próximos passos de apoio aos municípios prioritários por meio do Programa Sul Resiliente;
  • Acompanhar diálogos ativos com a Secretaria da Fazenda e a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul, conforme acordado em reunião de 10/10 com o governador Eduardo Leite em Brasília.

Contratação com o BRDE

Segundo o BRDE, a linha de crédito Sul Resiliente tem cerca de R$ 500 milhões disponíveis para contratação e os beneficiários são os municípios localizados na região Sul.

O que pode ser financiado: Obras de infraestrutura para prevenir e/ou mitigar os impactos de desastres naturais e riscos climáticos, com foco (mas não limitado a) em inundações, alagamentos, deslizamentos de terra e outros processos de erosão.

Os investimentos elegíveis podem incluir, entre outros:

(a) parques urbanos e lineares;
(b) sistemas de macro e microdrenagem e soluções integradas de gestão de água urbana para permitir armazenamento, retenção e infiltração;
(c) dragagem;
(d) estabilização de encostas;
(e) proteção das margens dos rios;
(f) soluções para mitigação e prevenção da erosão costeira;
(g) construção e/ou reabilitação de estradas urbanas e rurais (em associação com outras soluções estruturais de mitigação de riscos de desastres);
(h) requalificação urbana geral (associada a outras soluções estruturais de prevenção de riscos de desastres);
(i) coleta e tratamento de resíduos sólidos (associados a soluções de sistemas de drenagem);
(j) soluções habitacionais para o reassentamento de famílias retiradas de áreas propensas a desastres ou impactadas pelo Projeto. 

Outros itens financiáveis:
(a) estudos técnicos e ambientais do setor;
(b) projetos executivos detalhados do subprojeto;
(c) mapeamento de risco, de suscetibilidade e/ou de vulnerabilidade a desastres;
(d) planos de drenagem;
(e) planos de gestão de resíduos sólidos;
(f) GRD municipal e/ou planos de contingência;
(g) treinamento para funcionários municipais;
(h) aquisição de sistemas e/ou equipamentos para monitoramento de riscos naturais, sistemas de alerta precoce, resposta a emergências, defesa civil e equipamentos de proteção.

Após o Vale do Taquari, o grupo seguirá a visita aos municípios afetados em Santa Catarina.

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