Em reunião na Acil, líderes regionais cobram retorno das obras de duplicação da BR-386

Ao final do encontro, o grupo decidiu formalizar documento com todas as reivindicações da região, incluindo a exigência do rápido término das obras que estão em contrato e correções nos pontos de gargalo mais importantes para minimizar os problemas da comunidade que transita nas rodovias.

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Crédito: Lucas Santos

A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) sediou, na tarde da terça-feira (5/3), reunião entre líderes regionais com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A pauta do encontro foi cobrar explicações sobre o atraso nas obras de duplicação da BR-386 entre os municípios de Lajeado e Marques de Souza.

Para a reunião, organizada pela Acil, Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) e Prefeitura de Lajeado, foram convidados, além da ANTT, representantes da CCR Via Sul, concessionária que atualmente administra a rodovia. No entanto, a empresa não compareceu ao encontro.

O vice-presidente de Relações Institucionais da Acil, Nilto Scapin, conduziu a conversa entre os participantes reforçando que o objetivo da reunião era demonstrar a insatisfação com os serviços prestados pela concessionária e cobrar explicações sobre o atraso na entrega das obras. “Já fazem cinco anos que a empresa detém essa concessão. Além do retorno dos trabalhos, queremos também discutir os gargalos e pensar em soluções que precisam ser corrigidas”, pontuou.

Compartilhando a insatisfação geral com a atual prestação de serviços da CCR, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, comentou que a forma como a empresa conduz os trabalhos na região é inaceitável. “Após uma redefinição de equipes, realizada pela empresa, não temos mais um ponto de referência, ligação e decisão para conversar e argumentar”, ressaltou.

Resposta da ANTT

O chefe do Escritório Regional da ANTT no RS, Breno Corrêa da Silva Neto, explicou que a agência tem agenda de reuniões mensais com a CCR para avaliar o andamento técnico e os prazos das obras. De acordo com Neto, quando não há cumprimento do que foi proposto em contrato, o órgão fiscalizador aplica autos de infração à concessionária. “O prazo previsto em contrato para o término dessas obras era fevereiro de 2023. Desde lá, o valor desse auto de infração vem aumentando”, comentou.

Ele explica ainda que a aplicação de multas na concessionária não fica sob a responsabilidade do escritório gaúcho. “Se a empresa será ou não penalizada com multa, é outro departamento. Nossa atuação é fiscalizar e cobrar explicações sobre o andamento das obras”, explicou.

Durante a reunião, Caumo entrou em contato com o diretor nacional do grupo CCR. De acordo com o prefeito, o líder da empresa afirmou que o trabalho de duplicação será retomado na segunda quinzena do mês de abril e a conclusão do trecho está prevista para outubro.

Formalização de documento

Ao final do encontro, o grupo decidiu formalizar documento com todas as reivindicações da região, incluindo a exigência do rápido término das obras que estão em contrato e correções nos pontos de gargalo mais importantes para minimizar os problemas da comunidade que transita nas rodovias. O ofício será encaminhado ao Ministério de Infraestrutura, à ANTT, CCR ViaSul e comissão tri-partite formada por instituições da comunidade que fiscaliza o andamento das obras.

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