As mulheres ocupavam 37,7% dos cargos gerenciais no Rio Grande do Sul e ganhavam, em média, R$ 2,9 mil a menos para trabalhar nesses postos em 2022. Os dados são da terceira edição do levantamento Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8/3).
No Brasil, elas eram responsáveis por 39,3% dos cargos gerenciais em 2022 e ganhavam cerca de R$ 1,8 mil a menos. O rendimento médio mensal da parcela feminina foi de R$ 6.600, enquanto dos homens chegou a R$ 8.378 em postos de liderança.
O levantamento do IBGE reúne dados da administração pública e de empresas. No Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, por exemplo, dos 87.887 cargos e funções comissionadas da administração direta, autárquica e fundacional disponíveis em novembro de 2023, 41,2% eram ocupados por mulheres. No entanto, nos postos considerados mais elevados, a participação feminina foi de 30,7%.
Segundo o estudo, as principais atividades econômicas em que havia mais mulheres do que homens em cargos de liderança, em 2022, eram ligadas ao cuidado, como educação e saúde humana e serviços sociais: elas trabalhavam em 69,4% e 70% dos postos de liderança nessas áreas, respectivamente. O grupo de atividade de Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura foi o com menos presença feminina: 15,8%.