Pesquisa investiga percepção de crianças de Arroio do Meio sobre répteis

Estudo foi realizado pela Univates em parceria com uma escola local

599
Crédito: Luiz Liberato Costa Corrêa

Um estudo conduzido no município de Arroio do Meio revelou que estudantes do ensino fundamental apresentam uma compreensão distorcida sobre a importância e características dos répteis. A pesquisa analisou os conhecimentos prévios e os mitos associados a esses animais, bem como suas interações com os estudantes. O estudo é de autoria de Mathias Hofstätter, acadêmico do curso de Ciências Biológicas; Luiz Liberato Costa Corrêa, tutor do curso de Ciências Biológicas – EAD; e das pesquisadoras Elisete Maria de Freitas e Liana Johann. 

O trabalho iniciou-se com a aplicação de perguntas sobre répteis, além da realização de um desenho. Os questionários foram aplicados sem qualquer explicação sobre o assunto abordado, para analisar os conhecimentos prévios e os eventuais mitos e preconceitos sobre o tema. As respostas obtidas no questionário foram tabuladas e interpretadas. Posteriormente foram realizados o cálculo de frequência e o percentual das respostas.

Os resultados da pesquisa, conduzida com 111 alunos do 6º ao 9º ano, mostraram que, embora haja um reconhecimento satisfatório de alguns répteis, como serpentes, lagartixas e tartarugas, há uma confusão significativa sobre outros, como a popularmente conhecida cobra-de-duas-cabeças ou cobra-cega (Amphisbaena prunicolor).

Quando questionados sobre a periculosidade dos répteis, a maioria dos estudantes os considerou perigosos, associando-os principalmente à venenosidade e à possibilidade de mordidas ou ataques. No entanto, apenas uma pequena proporção dos estudantes reconheceu que os répteis geralmente apresentam comportamentos defensivos apenas quando se sentem ameaçados. Além disso, a pesquisa revelou que muitos estudantes têm pouco contato direto com os répteis, com uma proporção significativa relatando ter matado um animal quando o encontrou.

“Ao descobrir a percepção negativa que as crianças têm desses animais, os educadores podem adaptar suas estratégias de ensino para desafiar essas percepções e promover uma compreensão mais precisa e positiva dos répteis”, afirma Hofstätter. “Isso pode ser feito por meio da introdução de programas educacionais que ofereçam informações precisas sobre a biologia, comportamento e importância ecológica dos répteis, bem como oportunidades para interação segura e supervisionada com esses animais”.  

Ele defende que, ao entender sua ecologia, comportamento e importância para o equilíbrio ambiental, as pessoas podem desenvolver maior apreciação e respeito pelos répteis, contribuindo para a conservação de habitats naturais e a coexistência harmoniosa entre humanos e fauna silvestre.

- publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Escreva seu comentário!
Digite seu nome aqui