Falar de moda sem cair nos clichês habituais de regras e tendências da estação. Essa foi a proposta do Inspira Moda. Evento ocorreu na noite de segunda-feira (22/4) no Garden Hauss em Lajeado com presenças de mulheres que têm muito a dizer. A organização ficou por conta da Pipocando e de Rochelle Chiesa. O foco da noite foi a gestão de imagem, moda, marca pessoal e posicionamento nas redes sociais destacando, sobretudo, o poder de uma boa apresentação pessoal.
Em um mundo de diversidade e que preza pelo bem-estar e pela entrega de bons resultados, como gerenciar boa imagem para o trabalho, vida pessoal e redes sociais? Afinal de contas, todos estamos inseridos e convivendo em todos estes espaços.
A jornalista comunicadora Fran Rabuske, não veio trazer a receita de bolo para ser replicada em nossas casas. A palestra, em tom de bate-papo descontraído, trouxe pontos sérios e estratégias a serem trabalhadas. Porém, tudo parte de um ponto principal, o autoconhecimento.
Autoconhecimento
A comunicação, para Fran, está em poder se relacionar com a verdade, a própria e a do público. Para tanto, é preciso saber quem somos realmente e comunicar a partir dos próprios princípios. Um personagem não se sustenta por muito tempo, enfatiza.
Conhecer o público
As redes sociais nos permitem falar com pessoas que jamais conheceríamos no cotidiano, e por isso, surge a necessidade de entender como se comunicar com o público. Este é o pilar número dois que é baseado no entendimento das especificidades do público-alvo. Não é possível se comunicar a todo tempo com todos os públicos, logo, é necessário entender o que as pessoas querem ouvir de acordo com o que é possível oferecer. Além disso, se comunicar não é falar tudo o que pensa, mas se conectar estrategicamente com aquele que recebe a mensagem.
Pensar antes de comunicar
Terceiro ponto remete ao que é ser um comunicador com assertividade, lembrando que a comunicação é visual, é falada e também comportamental. Assim, temos um cenário que se desenha para uma comunicação com intenção. Saber o que se quer comunicar a para quem se comunicar é o passo certo para atingir de forma eficaz o propósito da conexão. Para uma comunicação com assertividade, não podemos falar tudo o que passa pela cabeça ou agir de qualquer forma. A proposta é, com clareza, falar o que faz sentido naquele momento e para aquele público e manter uma postura íntegra ao momento.
Ter domínio sobre o corpo
Este é o ponto que reúne todas as formas de comunicação possíveis, une a fala, o gesto e o visual. Para uma conexão de sucesso e que produza interação, todas essas essas esferas precisam ser estrategicamente trabalhadas. E neste ponto, não se fala apenas em roupas e acessórios, se fala em conforto e postura que esteja coerente com cada ocasião.
Tenho coerência?
O penúltimo ponto faz essa provocação a todos nós, que de uma forma intensa ou desproposital, usamos as redes sociais. Será que estamos de acordo com o que falamos? Será que queremos mesmo dar bom dia a todos e seguimos aquilo que fazemos “propaganda”? A atenção volta-se ao primeiro ponto, sobre se conhecer e comunicar a partir da própria verdade. Afinal de contas, o personagem pode perder a máscara quando menos se espera.
Saber ouvir
O último ponto talvez seja o principal. Em um tempo onde só queremos expor o que somos e o que vendemos, como ouvir o que as pessoas que estão perto, ou o público a ser atingido? Este é um dos principais desafios, sobretudo na comunicação a partir das redes sociais. A falta de troca, de contato, de um atendimento humanizado, talvez sejam os deslizes cometidos por empreendimentos que prezam apenas pela exposição e velocidade de vendas, deixando de lado o que realmente fideliza, a conexão.
Fran Rabuske propõe esses pilares que vão ao encontro da fala da gestora de imagem Rochelle Chiesa. Profissional do ramo há anos, Rochelle detalha a importância de uma boa aparência. Neste sentido, não fala apenas de boas roupas e acessórios, mas sim em estar adequadamente preparado para cada ocasião do dia. Seja para a reunião de pais, encontro com companheiro e trabalho, cada ocasião merece uma atenção. E o conforto e personalidade, devem acompanhar as escolhas tomadas, do contrário, é impossível sustentar um estilo, enfatiza Rochelle.
Ela instiga a pensarmos no que é uma boa imagem pessoal trazendo a ideia de que a roupa não é tudo. “Não basta se vestir bem, é preciso sentir e ser”, desafia ela.
Em sua fala direta, Rochelle diz que, apesar de não querermos acreditar nisso, temos sim apenas segundos para impactar as pessoas e os primeiros momentos de um atendimento, são fundamentais ao retorno do cliente e na futura fidelização do mesmo. “Imagem é a ponte que te conecta com as pessoas”, finaliza.
Após as falas inspiradoras, o momento de desfile das marcar paricipantes trouxe novidades em acessórios, cabelos e roupas, mas também trouxe a diversidade e o conforto.