Após acordo, famílias alocadas às margens da Transantarita, em Estrela, devem deixar área

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Acampamento já começou a ser desmontado. Crédito: Osmar Possamai

Nesta terça-feira (4/6), os Poderes Executivo e Judiciário e os desabrigados alocados em terreno particular próximo à rodovia Transantarita entraram em consenso para a desocupação do local. Esse acordo resolveu um impasse que se arrastava desde o dia 18 de maio.

O auditório da Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela foi o local da reunião, que deu um fim à questão entre os desabrigados e o Governo de Estrela. São 43 famílias vivendo abaixo de lonas às margens da ERS-129.

São cerca de 182 pessoas que moravam nos Bairros Indústrias, Moinhos, Oriental, Marmitt e Vila Santa Tereza e tiveram suas casas destruídas pelas águas do Rio Taquari no dia 1º de maio. A falta de segurança nas estruturas levou à condenação desses locais, após vistorias da Defesa Civil e outros órgãos de Segurança Pública.

Sem ter para onde ir e preferindo não ficar em abrigos, as famílias se deslocaram para o terreno. Porém, logo após o início do acampamento, em maio, o proprietário das terras solicitou reintegração de posse, que foi deferida pela Justiça.

A Brigada Militar, junto com oficiais de Justiça, entregou uma notificação às famílias, concedendo-lhes 10 dias, a partir de 29 de maio, para desocuparem a área, sob pena de retirada compulsória, conforme decisão do Tribunal de Justiça.

O Governo Estadual anunciou a construção de 40 casas em solo estrelense para os atingidos pelas enchentes. Além disso, o Poder Legislativo aprovou, em sessão emergencial de forma virtual realizada em 15 de maio, um projeto que destina uma área de terras para a construção de moradias.

Conforme o líder dos moradores, Carlos Nascimento (Mano), a prefeitura irá pagar aluguel social para as famílias que já conseguiram casa. Os demais irão ficar em um abrigo disponibilizado pelo Município.

Segundo o Governo de Estrela, os abrigos possuem uma estrutura completa, com refeições, atendimentos psicossocial e em saúde. Os espaços contam ainda com água potável, energia elétrica e máquinas de lavar roupas, assim como uma área destinada ao cuidado de animais de estimação. Para crianças e adolescentes que estudam, foi disponibilizado também o transporte escolar.

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