Sabores da Colônia celebra datas importantes para o setor rural

Lucro da festividade, que ocorre de 22 a 26 de julho, doará lucro a sindicatos afetados pela enchente

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Serão 5 dias de programação envolvendo gastronomia e atrações musicais / Crédito: Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Teutônia, Westfália e Poço das Antas organiza a semana “Sabores da Colônia”, buscando homenagear os 200 anos de imigração alemã ao Rio Grande do Sul, celebrado em 25 de julho, bem como o Dia da Juventude Rural (15/7), do Colono e do Motorista (25/7) e do Agricultor (28/7).

Os momentos serão realizados na sede do Sindicato, no Bairro Languiru, em Teutônia, entre os dias 22 e 26 de julho, com cardápios específicos para cada dia e atrações musicais, organizadas pelos próprios produtores.

O evento normalmente é mesclado de ano em ano entre Teutônia e Westfália, e geralmente é preparado por conta da festa do Dia do Colono e do Motorista, que, neste ano, era prevista para ocorrer na rua do sindicato com desfiles e demais atrações. Porém, foi modificado, conforme a presidente do STR Teutônia, Westfália e Poço das Antas, Liane Brackmann.

“Sempre que organizamos algo precisamos ter um plano B. Este ano, faríamos o desfile de tratores, máquinas e uma comemoração. Já tínhamos colonos de Santa Cruz do Sul contratados para animar o nosso povo, pois o mês de julho tem muitas datas importantes para os nossos agricultores”.

O objetivo era uma celebração festiva, mas, devido às situações vivenciadas, com municípios vizinhos precisando recomeçar, o STR não sentia clima para fazer uma grande festa e o plano B entrou em ação. “Não deixaremos despercebida a importância dessas datas, principalmente por estarmos na década da agricultura familiar (2019-2028). Resolvemos mostrar os sabores, a importância do alimento, já que discutimos muito o desenvolvimento sustentável e segurança alimentar. Lançamos um projeto novo, para mostrar a produção, o processamento, a agregação a esses produtos e resgatar receitas e cardápios da cultura alemã”, explica.

O cardápio, segundo Liane, foi construído levando em conta a rotina dos agricultores. Na segunda-feira (22/7), o almoço terá feijão, arroz, aipim e carne de panela, com acompanhamento de saladas diversas e sobremesas. “Queremos resgatar aquelas compotas que as vovós faziam, com melado, chuchu, laranja, mas não vai faltar sagu e creme”, ressalta.

Na terça-feira será oferecida uma galinhada. Na quarta-feira será servido lentilha com bolinhos de batata e de carne. Na quinta-feira ocorre o tradicional chucrute com salsichão e batata frita, para comemorar com um típico prato alemão. No encerramento, na sexta-feira, o almoço será composto por carne de porco (pernil), aipim e diversos acompanhamentos.


Liane aponta que o preparo será feito pelas mulheres. “Todos vamos arregaçar as mangas, pois é um novo desafio. Não serviremos mais de 100 pessoas por dia, por esse ser o limite para que todas possam se sentar e servir livremente”. E reforça: “Quem não puder ir na segunda, vá na terça, na quinta, na sexta. O café colonial será composto de torresmo, salame, queijo, pães de milho e rosca, podendo ser servido duas vezes, às 15h e a partir das 18h, para contemplar o público tanto do meio rural como do urbano”, completa a presidente.

Os dias serão marcados, também, por apresentações de talentos cantores do interior. Juntamente a isso, ocorrerá a Feira do Produtor. Uma palestra será apresentada na noite de terça-feira (23/7) para os agricultores e, neste dia, não haverá café colonial. Ainda haverá promoções comerciais e sorteios. Será uma amostra completa do que é produzido no setor da agroindústria.

Lucro

Os cartões já estão disponíveis nos escritórios de Teutônia, Westfália e Poço das Antas, podendo ser adquiridos por R$ 25 a refeição, independente de qual seja. Caso alguma empresa esteja interessada em reservas, é necessário entrar em contato com o STR.

Liane reitera que a parte lucrativa não é o foco do sindicato. Ao invés disso, o lucro será destinado a sindicatos atingidos pelas cheias, tudo por intermédio do Sindicato Regional, que dividirá o dinheiro com quem mais precisa. Um dos exemplos é Cruzeiro do Sul. “Temos a obrigação de agradecer por não termos sido atingidos tão fortemente. Claro, todos os nossos agricultores perderam algo; rações, máquinas, perderam a produção, mas precisamos agradecer por ter um teto e instalações seguras”, finaliza.

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