Prefeituras têm novo prazo para cadastrar famílias no Auxílio Reconstrução

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Em apenas uma doação, uma pessoa pode ajudar outras quatro / Crédito: Marina Vieira

O prazo para as prefeituras gaúchas realizarem o cadastro de famílias no Auxílio Reconstrução foi prorrogado para o dia 12 de julho, após pedido da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O prazo inicial encerrou na terça-feira (25/6).

Com isso, as administrações municipais contam, agora, com um acréscimo de 17 dias na data limite para garantir o benefício de R$ 5.100 para as famílias residentes em áreas atingidas pelas cheias. Até o momento, mais de 250 mil famílias de 115 municípios foram aprovadas no benefício, sendo que 226,5 mil já receberam o recurso, totalizando mais de R$ 1,1 bilhão. Das 444 cidades com situação de emergência ou estado de calamidade reconhecidos, 166 ainda não cadastraram pessoas.

O secretário executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen, ressalta: “Houve municípios que não cadastraram ninguém, e isso é muito grave, porque o direito é das pessoas e não das prefeituras. Todos que foram atingidos, não importa a renda, se moram em zona rural ou urbana, têm direito a receber”,.

Hassen ainda explica que a Defesa Civil Nacional está operando para ajudar os municípios na delimitação de áreas que não apareceram nos registros do satélite. “Estamos com seis equipes da Defesa Civil Nacional, divididas em seis regiões para ajudar no reconhecimento. Em Santa Maria, por exemplo, a maior parte das pessoas foi atingida por deslizamentos, áreas onde o satélite não demonstra. Então uma equipe da Defesa Civil foi, junto da prefeitura, fazer o mapeamento de toda a área e todas as famílias estão sendo incluídas no cadastro. Uma outra equipe da Defesa Civil em Caxias, onde a situação é muito parecida”, exemplifica.

Segundo o secretário, a expectativa é que, até o dia 12, mais de 150 mil famílias estejam cadastradas, beneficiando assim mais de 400 mil famílias no estado. Ressalta que o valor não tem apenas importância para os afetados, mas injeta bilhões de reais na economia do RS, em circulação pelo comércio, fomentando a indústria e agilizando a retomada econômica do estado.

SOBRE O AUXÍLIO

O Auxílio Reconstrução entrega R$ 5.100, em parcela única, às famílias afetadas pelos desastres ambientais que afetaram o Rio Grande do Sul. São 444 municípios gaúchos habilitados a receber, por terem estado de emergência ou calamidade pública reconhecidos pela Defesa Civil Nacional até 15 de maio.
A primeira fase, de inscrição, depende das prefeituras. Elas precisam enviar ao Governo Federal dados sobre as localidades assoladas pelas enchentes e sobre as famílias desalojadas ou desabrigadas. A segunda etapa é feita pelas famílias. A pessoa identificada como responsável precisa entrar no site do gov.br e confirmar o cadastro. Caso ocorra algum erro nos dados, as prefeituras deverão receber os cidadãos para a correção.

O pagamento do benefício é realizado pela Caixa Econômica Federal, que recebe a lista de nomes aptos e faz o depósito em conta. As famílias não precisam ter contas no banco – a Caixa identifica se o responsável possui conta e realiza o crédito automático. Caso não possua, a instituição se encarrega de abrir uma Poupança Social Digital para o recebimento do auxílio, que poderá ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

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