Hoje (31/7), a Associação Esportiva Recreativa e Cultural Erno Dahmer – Aerc Juventus completa 30 anos de fundação em Teutônia. A entidade iniciou as atividades esportivas para trabalhar com futebol de campo, futsal e voleibol. Atualmente, a Juventus atende mais de mil alunos nos núcleos sociais, iniciação e competitivo. O início da história ocorreu no dia 31 de julho de 1994. Desde lá, a entidade acumula diversos títulos em competições regionais, estaduais e internacionais.
O diretor de futebol, João Bandeira, está na entidade desde a fundação e comemora o aniversário de três décadas. “Eu defino esses 30 anos com a palavra determinação. Quando vim para Teutônia descobri que há vários sinônimos. Algumas pessoas chamam de teimosia, mas eu acho que a gente foi determinado. Foram muitas dificuldades até chegar nesses 30 anos de existência e com a quantidade de alunos e ex-alunos. São 30 anos que interferem em gerações. A comprovação do discurso lá do início, que se tornou realidade”, avalia.
O presidente Gilmar Wiethölter utiliza a palavra “reinventar” para definir os 30 anos de Juventus. “Há 30 anos que nós sobrevivemos há todas as dificuldades de mercado, economia, mudanças políticas, entre outros, mas sempre nos reinventamos e estamos aí até hoje”, destaca.
O diretor de voleibol, Augusto Ruhrwiem, utiliza a palavra paixão. “Isso me trouxe pra dentro da Juventus e fez eu voltar para o esporte. Precisa de determinação, de reinvenção, mas se não tem paixão por aquilo que faz nada vai pra frente por muito tempo”, considera.
A motivação
Wiethölter revela que a motivação para fundar a Juventus em 1994 foi a paixão pelo futebol e voleibol. “Com o crescimento de Teutônia, nós vimos a necessidade de fazer algo diferente, principalmente duradouro e fora do horário da escola. No primeiro dia de inscrição da Juventus já tivemos uma grande surpresa, minha e do Laurério Fritscher, que na época nos ajudou na fundação. Foram 120 inscrições no primeiro sábado. A partir dali, nós vimos que poderia ser algo diferente do que vinha acontecendo no Município”, conta.
O primeiro profissional da entidade foi Bandeira, um vínculo iniciado em 1994 e que segue colhendo frutos após 30 anos. “Desde o começo, nós tentamos fazer a Juventus sempre com profissionais que pudessem ser professores, dar aulas, mas também ajudar na formação de cidadãos. O João comprou a ideia desde o começo e é o cara que está comigo, com a Juventus, com Teutônia e com o Vale do Taquari há 30 anos. A participação da comunidade também foi fundamental, reforça.
“Nunca abrimos mão da nossa essência”
Na retrospectiva do futebol, Bandeira salienta que toda relação humana precisa ter uma dose de paixão e uma dose maior de razão. “Quando nós pegamos o projeto, eu vi que Teutônia era apaixonada pelo esporte. Eu cheguei aqui de Santa Maria com 28 anos, tinha uma formação pelo Esporte e o futebol era algo que me interessava pelo mercado e pelas relações que eu já tinha estabelecido. Eu tinha uma noção exata do que foi pedido à mim e o que eu poderia entregar. Foi difícil, pois quando tu quebra alguns padrões se encontra uma certa resistência. O grande mérito é termos uma equipe que se fortaleceu de acordo com o momento buscando parceiros que pudessem nos dar condições de executar o trabalho, pois nós já tínhamos em mente a obra pronta e onde poderíamos chegar. Nós nunca abrimos mão da nossa essência, que é a formação global. Eu tive muita sorte de encontrar essas pessoas e do lugar que eu pude desenvolver o trabalho. É gratificante e tudo valeu a pena. Nos sentimos felizes em saber que formamos homens e mulheres para uma sociedade mais próspera”, ressalta Bandeira.
Melhor fase
O voleibol também teve seu início em 1994 com Carlos Leandro Tiggemann, mas após alguns anos teve uma parada. A retomada aconteceu em 2011 a passos de tartaruga. Entre 2015 e 2019, o departamento foi reorganizado e uma nova era do voleibol da Juventus começou a ser contada. “Tudo isso para viver o momento que estamos hoje, a altura da Juventus. O segundo semestre será intenso, com competições e projetos importantes para comemorar esses 30 anos”, conta Ruhrwiem.
Reaproveitar a prata da casa
A Juventus tem em seu histórico a passagem de diversos profissionais nos departamentos de futebol e voleibol, mas destaque para ex-alunos que tiveram sua história dentro dos gramados e quadras e agora auxiliam outros jovens por meio da comissão técnica. “Um dos nossos motivos de longevidade é reaproveitar a prata da casa. Alguns migraram para outros clubes, nós fizemos um levantamento e temos mais de 20 atletas profissionais que foram oriundos da base da Juventus. Aqueles apaixonados pelo futebol e que não tiveram a oportunidade de ser atletas profissionais, buscaram capacitação e atuam profissionalmente conosco”, explica Bandeira.
O presidente ainda reforça este ponto e salienta que é extremamente importante que esses ex-alunos retornem à Juventus. “Nós temos um planejamento para que cada vez mais consigamos agregar ex-alunos. A Juventus não pode ser uma entidade apenas de passagem. Isso se escuta deles, que aprenderam muito na passagem pela Juventus”.
O futuro da Juventus
Wiethölter reforça o compromisso da entidade com a comunidade teutoniense e regional. “A comunidade de Teutônia foi muito importante. Começamos no Bairro Languiru, depois conseguimos fazer a junção com os bairros Canabarro e Teutônia, fazendo a entidade ter um único nome, que na época cada escolinha possuía seu próprio nome. Tivemos outra surpresa nas finais do Intermunicipal, entre os quatro clubes finalistas, 42 atletas eram alunos da Juventus. O futuro da entidade será cada vez mais profissional, se reinventando a cada momento e priorizando a parte social, que é a origem da escolinha”, conclui.
Confira a entrevista completa no Bola na Trave: