Setor de turismo está otimista com voos comerciais, mas ainda teme as rodovias

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Crédito: André Oliveira / Commons.Wikimedia / Divulgação

Após cinco meses sem operar, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital, voltou às atividades na segunda-feira (21/10). A reabertura oficial no entanto, foi na sexta-feira (18/10), com a participação do governador Eduardo Leite. Ele recepcionou os passageiros do primeiro voo comercial, um Airbus A320, de Campinas (SP), com 174 passageiros e seis parte da tripulação. No primeiro dia de operação foram cerca de 70 voos. Em novembro, o número deve aumentar para 122 diários.

A volta dos voos comerciais é comemorada, não somente pelos passageiros de outras regiões do Brasil e empresas do setor de transportes aéreos, mas pelo setor turístico gaúcho, que vislumbra novos ares. A Serra Gaúcha e cidades como Gramado e Canela já se preparam para receber os turistas de outros estados para o tradicional Natal Luz e demais atividades de fim de ano.

No Vale do Taquari, a retomada também é um fôlego a mais para que o turismo volte a respirar com alívio. O presidente da Amturvales, Charles Rossner, confirma o otimismo diante do retorno do trânsito aéreo. Alguns grupos de turistas já se organizam para prestigiar as atrações das cidades da região.

Mesmo que o Vale tenha um fluxo mais intenso de turistas locais, região metropolitana de Porto Alegre, Serra Gaúcha e Costa Doce, há um fluxo importante de pessoas de Santa Catarina e outros estados do Sul e Sudeste brasileiros.

A volta dos voos comerciais é importante, mas a questão das rodovias ainda é mais expressiva quando se trata do fortalecimento do setor, já que “o nosso fluxo maior ainda é rodoviário, então para também é preciso ficarmos atentos”, salienta Rossner.

O impasse das rodovias

A reabertura do Aeroporto Internacional Salgado Filho traz consigo bons ventos, já que agências de viagem podem retomar as atividades de maneira mais intensa no estado. Porém, o Vale do Taquari, com passeios característicos entre as regiões e cidades vizinhas, a dependência das rodovias ainda é um ponto crítico, especialmente após a situação das mesmas pós-enchentes.

O diretor de Infraestrutura da CIC VT e diretor da Vale Log, Adelar Steffler, expressa que os danos para a economia das cidades são gigantescos diante da situação das rodovias, pontes e ferrovias.

Além de frear novos investidores para a região, a má condição do trânsito rodoviário é empecilho ao setor turístico. “Não temos estradas para receber os visitantes turistas da nossa própria região”, cita.

A retomada da economia e do turismo perpassa a retomada do transporte aéreo, mas sobretudo a mobilidade e fluidez por vias terrestres, condição nada satisfatória na região do Vale do Taquari. Não há quem saia para passear e fique contente com a perda de tempo e dinheiro em um trânsito lento e por vias inseguras.

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