Documentário aborda a saúde mental masculina

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Lançado em 30 de outubro, o documentário ainda não está disponível nas plataformas digitais / Crédito: Divulgação

Homens que já tiveram depressão e dão atenção à saúde mental se destacaram no documentário “Vozes dos Homens pela Vida”. A estreia do material ocorreu oficialmente no dia 30 de outubro, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, e visa enfatizar a importância da discussão sobre as emoções masculinas.

Angélica Pott, diretora do documentário e responsável pela assessoria de imprensa do Município, explica que o projeto foi criado pela ONG Pro Mundo, que oferece assistência humanitária em países da América do Sul e da África. As enchentes e os impactos emocionais causados por desastres foram fatores motivadores para essa iniciativa. A ONG desenvolveu o projeto em três municípios severamente afetados pelas enchentes, em que se percebe aumento de problemas psicológicos correlacionados: Estrela, Cruzeiro do Sul e Canoas.

A inclusão de Colinas proporcionou uma perspectiva diferente.“Embora 58% do território tenha sido atingido pela cheia em maio, não registramos mortes, desaparecimentos nem casos de suicídio após as catástrofes climáticas. A Pro Mundo olhou para nosso pequeno município e se questionou sobre o motivo de tantos homens terem sobrevivido durante as enchentes e, agora, continuarem a superar esses desafios”, relata Angélica.

Resiliência masculina

Conforme Angélica, dois fatores podem ter sido cruciais para fortalecer a saúde mental dos homens em Colinas: o Clube do Bolinha e o Pré-Natal do Parceiro. Criados em 2021, esses programas são voltados exclusivamente para o público masculino. O Clube do Bolinha proporciona suporte a quem enfrenta depressão ou problemas emocionais, enquanto o Pré-Natal do Parceiro acolhe pais que se sentem excluídos durante a gestação e o parto.

Alguns dos participantes destes programas foram escolhidos para participar do documentário. “São relatos muito impactantes e emocionantes. Muitos deles estavam lidando com a depressão sem se dar conta e, frequentemente, não admitiam a necessidade de ajuda. Há uma resistência persistente, especialmente entre os homens, em reconhecer a importância do apoio emocional”, observa Angélica.

Com um período de duração de 12 meses, o projeto da ONG incluiu pesquisa, ação e intervenção. Angélica menciona a possibilidade de um novo documentário no ano que vem, focando nos resultados dos trabalhos nos municípios de Estrela, Cruzeiro do Sul e Canoas. O documentário ainda não está disponível nas plataformas digitais.

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