A Associação Lajeado de Futsal (Alaf) passa por um conturbado momento em sua história. No ano em que completou seus 18 anos de existência, a Alaf tem sofrido com problemas financeiros, estruturais e a falta de investimentos que acabaram por assolar o planejamento do clube lajeadense.
Agora, a sequência da Alaf corre riscos depois dos acontecimentos em setembro de 2023 e maio deste ano. Além dos resultados ruins dentro das quadras.
Há 10 anos na Alaf, o presidente da instituição, Alexandre Heisler, cita os problemas que acarretaram com o desempenho ruim e com a incerteza para o futuro. “Não temos um investimento no futsal e falta estrutura para treinamento. Através dos investimentos podemos montar um elenco qualificado, com mais opções e sem sofrer tanto. Enfrentamos times com ginásio próprio, investimento sete vezes maior que o nosso”, afirma.
Porém, problemas são relatados desde 2020, quando a Alaf começou a perder espaços de treinamentos, ginásios e não conseguiu mais horários para coletivos na Univates – onde realizava em períodos anteriores.
Agora, Alexandre confirma ter decidido se desligar do profissional da Alaf e alega motivos de saúde, mentais, físicos e corporais. “São 10 anos aqui, como voluntário, sem receber e até mesmo pagando. Chega um momento que começamos a dar sinais, não comportamos tanto desgaste, estresse e problemas acarretados. Por isso, tomei a decisão no ano passado de abandonar a parte profissional e ficar com os projetos sociais”, desabafa.
Eleição
A eleição para a presidência da Alaf para o mandato 2025-27 será antecipada para o mês de dezembro. Até o momento, segundo Xande, nenhuma chapa se disponibilizou e isso colabora com a possível derrocada da sequência do projeto. “Essa antecipação dá mais tempo para quem ‘for o louco’ que quer assumir conseguir se organizar antes de realmente ficar no posto de presidente da Alaf”, explica.
Avaliação do ano
Alexandre aponta que as apostas em 2024 foram altas. Contudo, com a cheia, perda de receitas, atletas, reformulação de 50% do plantel de jogadores e a falta de investimentos foram cruciais para o desempenho abaixo na temporada. “Sabíamos das nossas limitações, os atletas foram guerreiros jogando lesionados, voltando de cirurgias e mesmo sem estar recuperados entraram em quadra. Muitos tomaram injeções para poder participar das partidas. Temos um enorme respeito pela comissão e atletas. Porém sabemos que para disputar competições do nível que almejamos é preciso investir mais do que fizemos e ser mais profissionais”, conclui.