Depois de deflagrada a segunda fase da Operação Rêmora, que relaciona o ex-prefeito de Estrela e atual secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann, com crimes licitatórios e desvios de recursos públicos relacionados à compra de 424 lousas interativas pelo município de São Leopoldo, o Governo do Estado se pronunciou sobre o caso. Estão envolvidos também o servidor público Marcelo Augusto Mallmann e Cliver André Fiegenbaum, diretor administrativo e financeiro da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).
A PF investiga a compra de 424 lousas interativas pelo município de São Leopoldo. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além da autorização de bloqueio de valores em contas vinculadas a nove pessoas.
Nota oficial:
“O governo do Estado foi comunicado sobre a apuração da Polícia Federal pelo próprio secretário Carlos Rafael Mallmann. É importante destacar que a investigação não tem qualquer relação com o governo do Estado e nem com as atividades de Mallmann enquanto secretário. O mesmo se aplica aos demais citados.
À época dos fatos relatados, no ano de 2021, Carlos Rafael Mallmann atuava como advogado. Marcelo Augusto Mallmann e Cliver André Fiergenbaum trabalhavam no setor privado. Cabe esclarecer, ainda, que o servidor Marcelo Augusto Mallmann está lotado no Departamento de Articulação com Municípios e Acompanhamento de Convênios e não no gabinete do governador. Nenhum dos citados está ligado à administração do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), o qual é coordenado pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha, pasta que funciona como órgão executivo do Plano, monitorando o andamento das iniciativas de reconstrução do Estado. Além disso, existe o Conselho do Funrigs, que tem o objetivo de acompanhar e fiscalizar a execução dos recursos.
Ainda que a apuração seja sobre contratos firmados antes do ingresso deles no quadro do Executivo estadual, o governo reforça sua absoluta disposição para auxiliar a Polícia Federal na investigação dentro do que for possível, como de praxe.
O governo do Estado não compactua com nenhum tipo de conduta irregular e aguardará os desdobramentos da apuração, resguardado o direito de defesa e contraditório dos envolvidos, adotando as medidas que se fizerem necessárias”