Na manhã desta quinta-feira (12/12), o vice-presidente de Economia da Federasul, Fernando Marchet, apresentou o balanço de 2024 e as projeções da entidade para 2025. Marchet iniciou o evento com um panorama da conjuntura geopolítica global, destacando que no Brasil, o desequilíbrio fiscal e os estímulos econômicos impulsionaram o crescimento, embora com pressão inflacionária e aumento dos juros. Na Argentina, a confiança aumentou devido ao arrefecimento da inflação e à recuperação do poder de compra, enquanto na Europa, o Banco Central reduziu as taxas de juros em resposta à desaceleração econômica.
Marchet também abordou a política monetária brasileira, prevendo que a taxa básica de juros chegue a 15,75% até o final de 2025, com o governo tentando equilibrar a economia com medidas parafiscais e controle de preços. Em relação à economia gaúcha, ele mencionou um crescimento esperado para 2024, apesar de desafios climáticos, com a projeção de uma safra recorde e um mercado de trabalho aquecido.
A Federasul projetou uma inflação de 4,85% para 2024 e 5,12% para 2025, com o PIB do Rio Grande do Sul alcançando 4,28% em 2024 e 3,21% em 2025. Para o Brasil, as projeções são de um PIB de 3,48% em 2024 e 2,47% em 2025, com uma inflação de 4,85% e 5,12% nos respectivos anos. A Selic deverá atingir 12,25% em 2024 e 15,75% em 2025, enquanto a cotação do dólar deve variar entre R$5,80 e R$6,30.
No encerramento do evento, o presidente Rodrigo Sousa Costa destacou a importância da confiança na economia e da imprensa profissional para o desenvolvimento de uma sociedade democrática, enfatizando o papel da FEDERASUL em mobilizar a opinião pública para criar um ambiente de negócios mais próspero e sustentável.