De leitor a escritor com histórias que provocam o medo e a nostalgia

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Teutoniense Afonso Markmann assina suas obras como “A.G Markmann” / Crédito: Divulgação

A leitura sempre acompanhou o teutoniense Afonso Markmann. Desde criança, a prática era incentivada pelos pais e professoras da escola. Seu interesse cresceu tanto que, de leitor, ele se tornou escritor. Em abril de 2024, Markmann lançou seu segundo livro e já tem planos para publicar o terceiro em 2025. A conversa sobre literatura e escrita será tema do programa Rádio Notícias desta quarta-feira (8/1), às 12h20, na Rádio Popular 96,9 FM.

“[A leitura] era um passatempo, principalmente durante longas viagens. Já a escrita só começou na vida adulta, quando decidi tentar escrever contos”, relata Markmann. A primeira experiência com romances foi publicada em 2022, com “Entre o Andar dos Ponteiros”. Na segunda obra, chamada “Dupla Exposição Negativa, publicada pela Opera Editorial, a inspiração vem do terror de Stephen King e da série Stranger Things.

Inspiração

Nas mãos de Markmann, as influências internacionais ganham contexto brasileiro, com elementos nostálgicos como câmeras analógicas e fitas VHS. Ambientado no interior do país nos anos 1990, “Dupla Exposição Negativa” acompanha a investigação de um grupo de adolescentes sobre a morte suspeita de um amigo durante uma excursão escolar.

A relação do teutoniense com o terror começou cedo. Ele lembra de superar os medos de infância consumindo histórias do gênero. “Na adolescência, eu e meus amigos passávamos horas lendo blogs de terror. Um tema recorrente eram aparições de espíritos em fotografias, como histórias de fotógrafos que, ao revelar imagens, percebiam figuras extras. Foi também nessa época que assisti ao filme ‘Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado’, que explora essa ideia. Acho que essas influências ficaram comigo. Para mim, os maiores sustos são aqueles sutis, como notar algo estranho em uma foto que parecia normal à primeira vista.”

Sobre “Dupla Exposição Negativa”

A história começa em novembro de 1998, quando João, de 14 anos, encontra o corpo de seu amigo Beto em uma mata próxima ao alojamento da excursão. A morte é atribuída a um ataque cardíaco, mas João desconfia e inicia uma investigação com seus amigos Melissa e Estevão. A principal pista é a câmera de Beto, encontrada ao lado do corpo, cujas fotos guardam segredos inquietantes. Convencido de que a verdade está escondida na fazenda onde ocorreu a tragédia, João decide agir, prometendo honrar a memória do amigo.

Leitores que já tiveram contato com a obra, por meio da plataforma Skoob, destacam a trama envolvente, os personagens bem construídos e o desfecho inesperado. Críticas também elogiam a originalidade e a qualidade da escrita, que incorpora elementos regionais do Sul do Brasil. Markmann já trabalha em seu próximo projeto, “Sangue no Quadro Negro”, com lançamento previsto para 2025.

Livro foi publicado em abril pela Opera Editorial, e pode ser adquirido no site da editora / Crédito: Divulgação
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