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O mês de fevereiro começou com uma intensa onda de calor no Rio Grande do Sul, que deve se estender, pelo menos, até a próxima semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O dia mais quente registrado até o momento foi na quarta-feira (12/2). Em Teutônia, a temperatura alcançou os 38,8 ºC, mas a sensação térmica passava de 45 ºC. Com isso, a cidade figurou entre os 10 municípios com as maiores temperaturas em todo o país.
No varejo, a compra de climatizadores e refrigeradores aumentou de forma expressiva na região. De janeiro até esta sexta-feira (7/2), as Lojas Certel superaram em 16% as vendas realizadas em janeiro e fevereiro de 2024. E a cooperativa não está sozinha nesse sentido. Outras empresas também registraram aumento – na Denteck Climatização, a procura cresceu 40% em janeiro na comparação com 2024, tanto para abastecer residências quanto empreendimentos corporativos.
Recorde no consumo
Com o calor excessivo dessa semana, a Cooperativa Certel registrou o maior consumo de energia da sua história. A demanda foi de 122 megaWatt, um aumento de cerca de 20% em relação a fevereiro de 2024 – mês em que o consumo tradicionalmente dispara na região.
“Quando ocorrem vários dias de calor como nesta semana, o consumo das pessoas aumenta um pouquinho a cada dia até refrescar, como aconteceu nessa quinta-feira. Nas sextas, o consumo começa a baixar, porque as empresas param, é fim de semana e as pessoas saem da nossa região [de atuação da Certel] e vão para a praia – vemos altos consumos nessas áreas”, aponta o vice-presidente da Daniel Luis Sechi.
A região de atuação da Certel com a maior demanda hoje é Lajeado, cujo número de associados ultrapassou Teutônia. Dos 2.500 novos associados anuais, 1.800 pertencem a essa região. Sechi atribui o crescimento, em grande parte, aos movimentos causados pelas enchentes. “Empresas que saíram das regiões não atendidas por nós e vieram para cá, demandando mais energia. Da mesma forma, o grande crescimento de bairros atendidos”, cita.
O maior pico de consumo ocorre das 19h às 23h, quando as pessoas estão em suas casas e, por vezes, ligam mais de um aparelho de climatização. Aliado a isso, entram as cargas de iluminação pública, que aumentam a demanda.
Mesmo com o alto consumo, o vice-presidente afirma que em nenhum momento houve sobrecarga de energia. “O que aconteceu foram ações de equilíbrio do sistema de transmissão e de distribuição”, aponta. Essas ações foram realizadas na segunda e terça-feira e ao meio-dia de quarta-feira, quando a energia foi desligada por poucos minutos para equalizar os alimentadores.
“Todos os anos a Certel sempre espera o pico máximo de energia. Em 2025 foi 20% a mais do que a normalidade, mas estávamos preparados. Temos cinco subestações e muita energia disponível, com capacidade para fornecer o dobro desse consumo”, tranquiliza Sechi.