
No dia 7 de março, o primeiro caso de Coqueluche em Teutônia foi confirmado pelo Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen-RS). A Vigilância Epidemiológica de Teutônia informou que a faixa etária do paciente varia entre 15 e 19 anos.
Há mais 12 casos confirmados clinicamente pelos sintomas, em maior número no Bairro Canabarro. Cinco munícipes aguardam o resultado e um caso foi descartado, totalizando 19 notificações da doença somente neste ano.
Em 2024, Teutônia registrou somente um caso de coqueluche. O aumento expressivo é um alerta para as autoridades e para a população em geral.
Os pacientes são acompanhados pela Secretaria de Saúde e Vigilância Epidemiológica e receberam atendimento médico apropriado.
Na região, segundo boletim de quinta-feira (13/3) da 16° Coordenadoria Regional De Saúde (CRS), são 26 casos de coqueluche: cinco casos de Arroio do Meio; dois casos de Encantado; quatro casos em Estrela e um hospitalizado; dois casos de Lajeado; um caso de Putinga; dois casos de Santa Clara do Sul e 12 casos de Teutônia.
Estes casos aguardam a avaliação do Lacen.
Fases
A doença apresenta três fases sucessivas até a cura. Inicialmente, ocorre a fase catarral, caracterizada com sintomas leves como febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca.
A fase paroxística apresenta tosse muito forte e incontrolável, com crises súbitas e rápidas que podem causar vômitos.
Por fim, a fase de recuperação (convalescença), onde a tosse começa a diminuir em frequência e intensidade, mas pode persistir por duas a seis semanas ou por até três meses.
Tratamento
Para o tratamento da coqueluche, o paciente deve ser isolado, a fim de prevenir a transmissão da doença para outras pessoas.
O tratamento inclui o uso de medicamentos para aliviar os sintomas e controlar a tosse persistente, além da administração de oxigênio para auxiliar na dificuldade respiratória.
A coqueluche ainda pode gerar sequelas e maiores complicações, como hérnias abdominais, infecções de ouvido, pneumonia, convulsões e paradas respiratórias.
É importante que o paciente repouse, se mantenha hidratado e utilize exclusivamente seus próprios talheres e copos.
Vacinação
A prevenção da coqueluche é realizada através da vacinação. Devem ser administradas três doses da vacina pentavalente aos dois, quatro e seis meses de idade, um reforço aos 15 meses e um segundo reforço com a tríplice bacteriana entre os quatro e sete anos.
A maior parte das ocorrências e todos os casos fatais são em crianças com menos de um ano (principalmente nos primeiros seis meses de vida), ainda não vacinadas ou que não receberam pelo menos três doses da vacina.
As gestantes também precisam ser vacinadas com a tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTPa) a partir da 20ª semana de gestação até 20 dias antes da data prevista para o parto.
De acordo com a Vigilância, 100% das crianças receberam a vacina Pentavalente e a vacina DTP para crianças.
Atente-se aos sintomas
Acessos de tosse;
Coriza;
Febre;
Mal-estar;
Falta de ar;
Cansaço extremo;
Vômitos causados pelos acessos de tosse;
Lábios e extremidades azulados por causa da falta de ar.
Casos confirmados por critério clínico:
0 a 4 anos: Dois casos confirmados – Vacinados
10 a 14 anos: Um caso confirmado – Vacinado
15 a 19 anos: Um caso confirmado – Vacinado
20 a 24 anos: Um caso confirmado – Vacinado
35 a 39 anos: Dois casos confirmados – Vacinados
45 a 49 anos: Um caso confirmado – Não vacinado
65 a 69 anos: Dois casos confirmados – Não vacinados
Casos confirmados por critério clínico epidemiológico:
10 a 12 anos: Um caso confirmado – Vacinado
40 a 44 anos: Um caso confirmado – Não vacinado
Até o momento, são cinco casos que aguardam resultados:
0 a 4 anos: Dois casos – Vacinados
5 a 9 anos: Um caso – Vacinado
10 a 14 anos: Um caso – Vacinado
15 a 19 anos: Um caso – Não Vacinado