O jogador de voleibol natural do município de Colinas, Lucas Saatkamp, conhecido como “Lucão”, conquistou a taça da Superliga Masculina de Vôlei 2024/25 no domingo (4/5). O triunfo fez com o que o atleta chegasse ao seu oitavo troféu de Superliga. Além da conquista, ele ainda garantiu os títulos de melhor jogador da final e o de Most Valuable Player (MVP) da competição – ou seja, foi o atleta com melhor desempenho e impacto durante todo o campeonato.
Ao longo da carreira, Lucão construiu um legado que vai além das conquistas. Além disso, a disciplina, o trabalho em equipe e o respeito pelos adversários são marcas registradas do jogador. Ele se tornou referência para muitos que sonham com uma carreira e sequência no voleibol ou acompanham diferentes esportes.
A trajetória com a amarelinha é recheada de conquistas, como a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, a Liga Mundial e diversos outros campeonatos internacionais. O jogador é ícone no bloqueio e no ataque e sempre foi um líder dentro de quadra, com sua presença e espírito de equipe.
Com 39 anos, ele ainda se destaca, sendo fundamental para o Sada Cruzeiro. Com uma carreira marcada por títulos, o bloqueador se mantém como uma peça-chave no time, não apenas pela experiência, mas também pela sua capacidade técnica e liderança.
Disputar uma decisão de Superliga é um momento de emoção para diversos jogadores, até mesmo para Lucão – tão acostumado em participar. O colinense viveu mais uma vez essa experiência de maneira vitoriosa. O título é um reflexo da capacidade do Sada Cruzeiro em reunir um time competitivo, no qual Lucão exerce importante papel dentro e fora de quadra, visto que traz estabilidade, experiência e o faro de um verdadeiro vencedor, características que se somam ao forte coletivo da equipe.
Lucão reconhece o esforço coletivo e destaca a importância do trabalho conjunto durante a temporada. Além disso, afirma que o título não é apenas uma conquista sua, mas de todos os membros do grupo, desde a comissão técnica até os mais jovens, que cresceram ao longo da competição. “É muito gratificante. Chegar até a decisão da Superliga em mais uma oportunidade e ainda conquistá-la pela oitava vez, principalmente com um time que tem se superado, tanto durante a decisão como em toda a competição”, disse.
Seleção
Mesmo com a vitalidade e preparo físico, recentemente Lucão indicou que está pensando em fazer uma pausa de sua carreira internacional. A pressão de estar constantemente em competições de alto nível, aliada ao desejo de dar espaço para a nova geração de jogadores e a busca de convívio com a família, tem levado o atleta a refletir sobre seu futuro na seleção. “Chega um momento que precisamos dar espaço aos mais jovens, que têm um talento absurdo. Acho que a Seleção precisa passar por uma renovação, e é algo que considero muito. Ainda tem toda a questão familiar, preciso ficar perto de quem eu amo e gosto”, comenta.
Ainda assim, Lucão ressalta que a relação com a Seleção Brasileira continua sendo um sonho realizado e uma honra. “Defender o Brasil sempre foi a maior realização da minha carreira. Se meu tempo na Seleção está perto de acabar, vou continuar acompanhando e torcendo muito por essa nova geração”, completa.
Futuro do esporte
Lucão afirma que o voleibol brasileiro passa por uma fase de transição, com novos atletas e a necessidade de se reinventar. Para ele, a renovação não é apenas necessária, mas uma parte fundamental do processo de evolução do esporte. “Sempre temos que olhar para o futuro. A nova geração está cheia de talentos, com uma energia e força diferentes. Isso é essencial para manter o nível do nosso vôlei lá no alto”, afirma.
Para Lucão, a formação de novos atletas passa pela dedicação, pelo estudo do jogo e, principalmente, pelo trabalho físico. Ainda, ele destaca a importância da preparação física para garantir uma carreira longa e bem-sucedida. “A preparação física é algo que sempre procurei investir. Só assim conseguimos manter a qualidade por tantos anos”, comenta.
Carreira
Lucão começou sua trajetória profissional na extinta Ulbra, em Canoas, mas foi em Florianópolis que sua carreira realmente deslanchou. Por lá, conquistou títulos importantes e abriu caminho para a chegada à Seleção Brasileira. A partir daí, iniciou uma verdadeira peregrinação pelo voleibol: jogou em Araçatuba, no Sesi de São Paulo, teve uma experiência marcante na Itália e defendeu clubes como Taubaté e Campinas.
Ele destaca que cada passagem por diferentes equipes e culturas agregou muito à sua formação como atleta e pessoa. “Minha mudança de mentalidade, de entendimento do voleibol, passou muito pela Itália, pela forma como eles estudam e analisam o jogo”, ressalta.
Sempre em busca de novos desafios, Lucão evita se acomodar. “Quando vejo que estou me acomodando muito, gosto de sair para enfrentar algo novo. Isso é importante para continuar crescendo”, aponta.
Restando 1 ano de contrato com o Sada Cruzeiro, o atleta ainda tem muito a oferecer ao vôlei brasileiro, seja dentro de quadra como na formação de novos atletas. Se o ciclo na Seleção Brasileira está próximo do fim, ele deixa claro que continuará sua jornada com a mesma dedicação e paixão pelo esporte, seja como treinador ou assumindo outras demandas.
“Quando vejo que estou me acomodando muito, gosto de sair para enfrentar algo novo. Isso é importante para continuar crescendo.”
Lucão
Campeão Olímpico de voleibol
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