Ministério Público do RS deflagra operação contra Ênio, do Juventude

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Operação foi conduzida pelo Gaeco em Caxias do Sul - Crédito: Divulgação

O atacante Ênio, jogador do Juventude, está sob investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por suspeita de envolvimento em manipulação de apostas esportivas. A apuração teve início após alertas emitidos por casas de apostas sobre movimentações atípicas relacionadas a cartões amarelos recebidos pelo atleta em duas partidas do Campeonato Brasileiro.

A primeira suspeita aconteceu na estreia do Brasileirão, em 29 de abril, quando Ênio recebeu um cartão amarelo durante o jogo contra o Vitória. O segundo caso foi em 10 de maio, na partida contra o Fortaleza, na qual o jogador foi advertido aos 38 minutos do primeiro tempo. Em ambas as ocasiões, as casas de apostas identificaram um volume incomum de apostas específicas para que o atleta fosse punido com cartão amarelo, o que levantou suspeitas de manipulação.

Diante das suspeitas, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRS realizou uma operação de busca e apreensão na residência de Ênio e no estádio Alfredo Jaconi, sede do Juventude, para coletar provas que possam esclarecer os fatos. A ação, realizada na terça-feira (20/5), foi motivada por um pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que também recebeu os alertas das casas de apostas.

Em resposta às investigações, o Juventude inicialmente afastou Ênio do elenco. No entanto, após conversas com o jogador e análise das informações disponíveis, o clube decidiu reintegrá-lo. Em nota, o clube de Caxias do Sul afirmou que “Ênio seguirá exercendo normalmente suas atividades, treinando com o grupo e à disposição da comissão técnica para os compromissos do Campeonato Brasileiro”, ressaltando o direito constitucional à presunção de inocência do atleta.

Por sua vez, Ênio negou qualquer envolvimento em esquemas de manipulação de resultados. Em comunicado divulgado nas redes sociais, o jogador afirmou que não tem envolvimento com as ações suspeitas. “Jamais me envolvi com qualquer indivíduo, grupo de pessoas ou coisas que o valha, que objetivasse algo ilícito, imoral ou desabonador”, apontou.

Ele também declarou estar à disposição para colaborar com as investigações e que tomará as medidas judiciais cabíveis para comprovar sua inocência e responsabilizar aqueles que possam estar agindo de má-fé.

O caso segue em investigação pelas autoridades competentes, e o Juventude reiterou seu compromisso com a integridade, ética e transparência, colocando-se à disposição para colaborar com o esclarecimento dos fatos.

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