Os poderes Executivo e Legislativo de Imigrante reuniram-se com representantes da Brigada Militar para buscar informações sobre a atuação da corporação, solicitar maior presença do efetivo na cidade para coibir crimes como o receito roubo e esclarecer dúvidas sobre aplicações de multas de trânsito. Este último item gerou o principal debate.
Vereadores disseram que foram procurados por moradores para questionar o número elevado de multas, especialmente por estacionamento na área da ciclovia. O secretário de Administração, Edson Heck, pediu para informar mais e não ser tão incisivo ou direto em multas, “porque é aí que gera o descontentamento. Conseguiremos fazer por meio de ações educativas e de orientação”.
Todos ficaram surpresos quando o comandante da 2ª Companhia da Brigada Militar, capitão Walesko Do Val Baroni Gomes, apresentou números. Em 2025, apenas sete veículos foram autuados, dos quais somente dois eram emplacados em Imigrante. E nenhum deles foi por problemas de estacionamento. As infrações cometidas e flagradas pela Brigada Militar foram: licenciamento vencido, sem CNH, sem equipamento, mau estado de conservação, criança sem cadeirinha e veículos com excesso de carga.
A última infração data de 30 de abril e o capitão assegura que “não temos essa ideia de sair multando”. Também informou que a multa é toda feita em sistema por meio de celular. “Hoje não tem mais papel”, observa. Baroni reforça que “é mito e não existe essa história de cota de multas. Fiscalizamos trânsito para salvaguardar a vida e inibir ações criminosas”.
Vereadores sugeriram a conscientização de quem trabalha na cidade e permanece com o carro estacionado o dia todo nas vagas. “Deveria haver parceria de avisar. Sabemos que é difícil. Precisamos de bom senso da comunidade e dos policiais. A autoridade maior é a Brigada Militar, e as pessoas respeitam mais”, observam.
Serão estudadas ações conjuntas entre Executivo e Legislativo com a Brigada Militar para educar os condutores quanto à excesso de velocidade, locais de estacionamento e outros pontos da legislação de trânsito. “Somos parceiros para as ações”, garante Baroni.
Efetivo
Edson Heck pediu informações sobre o número de policiais militares designados para Imigrante, até pela determinação do governo do Estado de ter no mínimo cinco policiais por município. O capitão Baroni garantiu o cumprimento da definição estadual, mas observa a atuação global na companhia conforme os locais com maior incidência. “Crime sempre vai existir. Temos que constatar o problema e empregar esforços para resolvê-lo”, explica.
Também salienta a designação de policiais em eventos pontuais, como o aniversário do Município, a Paixão de Cristo, Dia do Rock, inclusive com recursos da 2ª companhia, como motos e policiais.
Velocidade e câmeras
Edson Heck levantou a necessidade de pensar como reduzir velocidade na região da ponte no Centro. “Fazer ações para educar. Sabemos que muitos aprendem pagando”, observa. Além disso, destaca a incorporação de mais 12 câmeras ao sistema de videomonitoramento, das quais quatro são com leitura de placas. Há possibilidade de futuras câmeras terem o sistema de identificação facial.
O capitão Baroni considera o cercamento eletrônico como essencial, pois ajuda a evitar ação criminosa. “A tecnologia está aí para ajudar e tem que usar”, assegura.
