Certel retoma as operações da Usina Salto Forqueta e reforça segurança energética no Vale do Taquari

Usina Salto Forqueta retoma operação e reforça segurança energética no Vale do Taquari

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Crédito: Lucas Leandro Brune

A Certel celebra nesta terça-feira (27/5) o retorno da geração de energia elétrica na Usina Salto Forqueta, localizada em Putinga. O empreendimento havia sido severamente danificado pelas enchentes de maio de 2024 e, pouco mais de um ano depois, volta a operar em sua capacidade plena, com melhorias estruturais que aumentam sua segurança diante de eventos climáticos extremos.

Construída entre 2000 e 2002, a usina foi a primeira do sistema cooperativo gaúcho a adotar equipamentos de grande porte, com turbinas e geradores de alta robustez. Essa escolha estratégica garantiu a preservação dos componentes principais mesmo diante da destruição da casa de máquinas no evento climático de 2024. “Se os equipamentos não fossem tão robustos, não teria sobrado nada”, afirmou o engenheiro Júlio Salecker, em entrevista ao Grupo Popular.

A reconstrução, iniciada em dezembro, exigiu modificações profundas no projeto original. A largura do vertedouro passou de 95 para 150 metros, com aumento também na altura do sobrebordo, de 4 para 6,5 metros, ampliando significativamente a capacidade de contenção de água da barragem. Foram adicionados 20 mil m³ de concreto à estrutura original, somando agora 50 mil m³, o que consolida a obra como um novo marco de engenharia da cooperativa.

A nova casa de máquinas foi construída em formato bunker, com paredes e teto de concreto espesso e vedação semelhante à de submarinos. “Está projetada para passar água por cima, se necessário, sem comprometer a estrutura”, explicou Salecker. A usina, segundo ele, já está em operação e contribuindo com o fornecimento de energia ao sistema regional.

A retomada da Usina Salto Forqueta reforça a estratégia da Certel de garantir geração própria no Vale do Taquari, reduzindo a dependência de linhas externas de transmissão. “A gente viu na tragédia que perdemos estrada, ponte, comunicação e energia. Ter geração própria no Vale é questão de segurança para as nossas comunidades”, destacou.

O prefeito de Putinga, Juliano Moreto, também acompanhou o momento de retomada da geração na PCH. Ele destacou a importância da obra não apenas para o sistema energético regional, mas também para a economia local. “É bem importante para nós, para o nosso município. Hoje é a segunda empresa que mais retorna ICMS pra Putinga. E depois da enchente a gente sentiu falta disso. Isso vai se refletir já no ano que vem”, afirmou.

Para Moreto, a rápida mobilização da cooperativa demonstra visão e compromisso com o desenvolvimento regional. “Foi em muito pouco tempo que conseguiram recuperar essa importante obra. Beneficia muito não só as comunidades do nosso município, mas toda a região. A coragem desses investidores foi essencial. Foram milhões investidos para recuperar essa usina, que é tão importante pra nós.”

Além de Forqueta, a Certel mantém a operação da usina em Rastro de Auto, que seguiu funcionando mesmo durante as enchentes, e já se prepara para iniciar, ainda em 2025, a construção da Usina de Bom Retiro. O projeto, segundo Saler, provou-se viável mesmo frente aos eventos extremos de maio do ano passado e será a próxima prioridade da cooperativa.

A entrega da nova Salto Forqueta é, nas palavras de Júlio Saler, um símbolo da resiliência do Vale do Taquari. “Nós não morremos. Reconstruímos. Nos adaptamos. E seguimos em frente, produzindo energia limpa, renovável e mais barata para mais de 80 mil associados.”

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