Unidade do PA + em Teutônia emite aviso prévio de 30 dias para funcionários

Direção deve encerrar atuação no município se não houver acordo com a prefeitura no período

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PA + emite aviso prévio de 30 dias para funcionários
A medida é considerada o primeiro passo para um possível encerramento das atividades do serviço de pronto-atendimento no município. Crédito: Camille Lenz da Silva/Arquivo

O diretor do PA+, Agnaldo Machado, confirmou à reportagem na tarde desta quarta-feira (23/7) que a unidade de Teutônia, localizada no Bairro Canabarro, emitiu aviso prévio de 30 dias para todos os seus funcionários nesta terça-feira. A medida é considerada o primeiro passo para um possível encerramento das atividades do serviço de pronto atendimento no município. O fechamento só não seria confirmado em caso de um novo acordo com a Prefeitura nas próximas semanas.

Segundo Machado, os avisos geraram rumores sobre o futuro do serviço. “Começamos a comunicar os desligamentos dos funcionários ontem”, ressalta.

O diretor afirma que a decisão é resultado do acúmulo de prejuízos financeiros enfrentados pela entidade após o encerramento do convênio municipal. “As minhas despesas ali não baixam de R$ 260 mil, R$ 270 mil por mês. Agora, estou acumulando um total de R$ 750 mil. Não tenho mais tempo para esperar”, enfatiza.

Ainda de acordo com Machado, a medida busca estancar os prejuízos e determinar um prazo para alguma nova definição. “Se não houver nenhuma movimentação por parte da Prefeitura nesses 30 dias, é uma conta a menos que começa a estancar esse prejuízo”, conclui.

Impasse com o Município

A parceria com Teutônia chegou ao fim em junho, quando encerrou o convênio de 1 ano. O contrato não foi renovado devido a divergências com a nova gestão municipal. O principal desentendimento teve relação com os custos do serviço. A prefeitura pagava cerca de R$ 500 mil por mês à empresa, valor que incluía o atendimento do PA+ no Bairro Canabarro e o fornecimento de médicos para os postos de saúde.

Conforme Machado, a principal resistência da gestão municipal foi o custo fixo de R$ 5,7 mil para cada noite de trabalho. “É o necessário para manter a estrutura e equipe 24h disponíveis, mesmo que sem atendimento naquele momento”, alegou.

O Executivo chegou a propor uma redução no valor para cerca de R$ 200 mil mensais, valor que o diretor considera inviável para garantir a qualidade do atendimento. A direção da empresa também recusou a última oferta feita pela prefeitura, de R$ 230 mil. Com o fim do convênio com o município, o PA+ passou a atender somente pacientes particulares e com convênio desde junho.

Questionada, a prefeitura disse ainda não ter sido notificada pela empresa.

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