Jaque Hartmann evidencia conexão entre marketing e vendas

Gestora de Marketing da Docile abordou como a campanha “Doces Gentilezas”, estrelada por Rayssa Leal, elevou o patamar da marca em nível mundial

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Jaque foi uma das responsáveis pela campanha "Doces Gentilezas", que alavancou a empresa junto ao mercado global / Crédito: Thiago Maurique

Promovido pela CIC Teutônia, o Almoço Empresarial de julho ocorreu na quinta-feira (24/7) e teve como convidada a gestora de Marketing da Docile, Jaqueline Hartmann. A palestrante falou sobre a importância de conectar marketing e comercial para gerar resultados, independentemente do tamanho da empresa.

Natural de Cândido Godói, Jaque Hartmann iniciou a palestra ressaltando as raízes familiares e a conexão com Teutônia, cidade para a qual se mudou com os pais ainda na infância. Foi em Teutônia que ela deu início à trajetória profissional de sucesso, com passagens por empresas como a Poolseg, Fruki e Hercosul, antes de assumir a posição em uma das 100 maiores empresas do mundo no setor de guloseimas.

Na Docile, Jaque foi uma das responsáveis pela campanha “Doces Gentilezas”, que alçou a indústria lajeadense no cenário mundial. A campanha foi abrilhantada pela parceria com a skatista Rayssa Leal, embaixadora da marca, que posteriormente se tornou medalhista olímpica e campeã mundial da modalidade. Também inspirou a empresa a se tornar o doce oficial do time Brasil nas Olimpíadas e Paraolimpíadas de Paris, em 2024.

De acordo com a palestrante, a empresa se tornou conhecida pela cultura de gentileza e valorização de pessoas. Segundo ela, essa postura não está apenas no marketing, mas se reflete no comportamento dos gestores e no ambiente interno. “Há um cuidado verdadeiro com as pessoas, e essa coerência cria um ciclo virtuoso que impacta diretamente no engajamento da equipe e na percepção da marca pelo público”, destaca.

Jaqueline incentivou os empresários presentes a revisitarem o propósito de suas empresas. Conforme a gestora, a autenticidade e o posicionamento claro são os principais ativos competitivos hoje. “Não basta comunicar bem. É preciso viver o que se comunica”, completou.

Crédito: Thiago Maurique

A Rayssa se conectou com a Docile pela verdade e pela coerência”

Folha Popular – Como uma marca pode se diferenciar no mercado?

Jaque Hartmann – Acho que não existe uma bala de prata, sabe? São sempre vários movimentos combinados. Mas, se tem algo que realmente faz a diferença é o foco no cliente. Aliás, hoje a gente fala em foco no ser humano. Precisamos entender quem está comprando nosso produto, o que essa pessoa quer, onde ela está, onde compra.

FP – De que forma o marketing e o comercial se conectam nesse processo?

Jaque – Não existe marketing sem comercial, e nem comercial sem marketing. Ou a gente vende ou a gente ajuda a vender. Não adianta fazer dancinha no TikTok se o produto não está no ponto de venda. Isso não resolve nada. Tudo precisa estar conectado. Sempre trabalhei com vendas e marketing juntos. Eu nem sei o que é marketing sem vendas. Me considero uma grande vendedora, e é disso que eu gosto de falar.

GP – A Docile se tornou um case nacional ao firmar parceria com a Rayssa Leal. O que aquele momento representou para a empresa?

Jaque – Foi marcante. A gente apostou numa jovem skatista que depois virou campeã mundial. Aquilo foi o início do nosso relacionamento com o time olímpico do Brasil. Lembro que, na época, a gente conversou, e sim, tinha um frio na barriga. Era um investimento que ninguém no setor havia feito ainda no Brasil. Mas deu muito certo.

FP – Qual o motivo para a escolha da Rayssa?

Jaque – A Rayssa se conectou com a Docile pela verdade e pela coerência. Nosso time é sensacional. As pessoas se envolveram no projeto, vibraram junto e conseguimos levar a Docile para o Brasil e para o mundo. Uma das coisas que falei no Almoço Empresarial é sobre marcas orientadas por propósito. Quando a gente entende por que a empresa existe, tudo fica mais fácil. O propósito da Docile é “ser doce para criar um mundo mais doce”. Então, se conectar com uma atleta olímpica, que já foi premiada por gentileza na Vila Olímpica, faz todo o sentido.

FP – Foi uma decisão ousada? Quais os resultados?

Jaque – Existe uma ousadia enorme por parte dos três empreendedores que lideram a Docile. É uma empresa familiar que decidiu construir uma marca grande, com legado, com produto de qualidade. Mas tudo começa com verdade. Não adianta ter a Rayssa como embaixadora e, dentro de casa, não viver o propósito da marca. Já éramos a maior exportadora de doces do Brasil. Neste ano, entramos para o ranking das 100 empresas mais importantes do mundo no nosso segmento. Isso só foi possível porque tem muito trabalho envolvido: marketing, comercial, produto, indústria, precificação, ponto de venda, cliente, fornecedor, mídia, estar presente em eventos, cuidar das pessoas. É tudo junto.

FP – Como essa experiência pode inspirar as pequenas empresas da região?

Jaque – A lógica é a mesma, só muda a proporção. A Docile, perto da Nike, que também patrocina a Rayssa, ainda não é do mesmo tamanho. Mas vai ser. Porque o caminho é o mesmo: propósito, verdade, foco nas pessoas e consistência no trabalho.

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