O Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito – no Equador -, foi palco de uma das partidas mais emocionantes do futebol feminino sul-americano. Na noite deste sábado (2/8), Brasil e Colômbia travaram um confronto recheado de reviravoltas, tensão e heroísmo. Depois do empate em 4 a 4 no tempo normal e na prorrogação, o Brasil venceu nos pênaltis por 5 a 4 e levantou mais uma taça.
A decisão foi marcada pelo equilíbrio, com a Colômbia à frente em três momentos. O Brasil teve que se reinventar e, nos pés de Marta, ressurgir para empatar e virar. Mesmo sem acertar a cobrança que poderia garantir o título, a camisa 10 viu a goleira Lorena brilhar na disputa final e garantir a conquista verde e amarela.
O jogo começou com domínio colombiano. Aos 25min do primeiro tempo, Linda Caicedo abriu o placar. O Brasil mostrou dificuldade para se encontrar em campo e só reagiu nos acréscimos da etapa inicial, quando Angelina converteu pênalti.
Na volta do intervalo, as brasileiras pareciam mais organizadas, mas um erro individual mudou o rumo da partida: ao tentar recuar para a goleira, Tarciane acabou marcando contra. A seleção, no entanto, chegou ao empate com Amanda Gutierres.
O brilho da rainha
Apesar da recuperação, o setor defensivo continuava sendo o ponto vulnerável da Seleção. Foi justamente em nova desatenção que a Colômbia voltou a ficar à frente: Mayra Ramírez recebeu com liberdade na área e marcou o terceiro das rivais.
Mas a última palavra no tempo regulamentar seria da maior jogadora brasileira de todos os tempos. Aos 39 anos, Marta acertou um foguete de fora da área e empatou o jogo no apagar das luzes. Na prorrogação, ela voltou a aparecer. Após lançamento na área, empurrou de bico para o gol e colocou o Brasil em vantagem pela primeira vez.
A 4 minutos do fim da prorrogação, porém, Leicy Santos cobrou falta com categoria e empatou mais uma vez para a Colômbia e levou a decisão para os pênaltis.
Crédito: Lívia Villas Boas / Divulgação
Gremista decide
Nas penalidades, o Brasil converteu com Tarciane, Gutierres e Mariza, mas Angelina parou nas mãos de Tapia. Do outro lado, Pavi desperdiçou e Lorena – goleira do Grêmio – defendeu a cobrança de Leicy Santos. Marta teve nos pés a chance de decidir, mas parou na goleira adversária.
Com tudo igual, vieram as alternadas. Luany marcou para o Brasil, Bonilla respondeu para a Colômbia. Até que Lorena, mais uma vez decisiva, defendeu o chute de Carabalí e selou a vitória brasileira.
A conquista fez com que o Brasil chegasse em seu nono título da Copa América, o que mantém a hegemonia no continente por parte da seleção canarinho.
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