Pela primeira vez, os pedidos de desligamento por iniciativa dos próprios trabalhadores se tornaram o tipo mais recorrente de demissão em um primeiro semestre. Entre janeiro e junho de 2025, as saídas voluntárias representaram 42% (343.802) do total de 812.767 encerramentos de contratos registrados no Rio Grande do Sul. O dado representa um acréscimo de 17% em relação ao mesmo período de 2024, conforme levantamento realizado pela Seção de Informação e Pesquisa da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), com base nas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Do total de desligamentos realizados no primeiro semestre de 2025 no RS, 42% foram realizados a pedido; 37%, sem justa causa; 17,4%, por término de contrato por prazo determinado; 1,6%, por justa causa; e 1%, por acordo. Com relação ao perfil dos trabalhadores desligados, 55,1% eram homens e 44,8%, mulheres. Ainda, 53,4% possuíam Ensino Médio completo; 9,8%, Ensino Fundamental completo; e 8,3%, Superior completo. No que tange à faixa etária, 26,1% tinham entre 18 e 24 anos; 25,4%, 30 e 39 anos; 17,6%, 25 e 29 anos; 17,3%, 40 e 49 anos; 9,8%, 50 e 64 anos; e 0,9%, 65 anos ou mais.
A pesquisa aponta, as demissões voluntárias são mais frequentes entre as mulheres, os mais jovens e os profissionais mais escolarizados. 53% dos trabalhadores desligados a pedido possuíam Ensino Médio completo; 9%, Fundamental completo e 8%, Superior completo. Com relação à faixa etária, 29% tinham entre 18 e 24 anos; 25%, 30 e 39 anos; 18%, 25 e 29 anos; 16%, 40 e 49 anos; e 8%, 50 e 64 anos. Os desligamentos a pedido se concentram no setor de serviços (37%), seguido pelo comércio (28%), indústria (25%), construção (5%) e agropecuária (5%).