
A Câmara de Vereadores de Estrela aprovou, na sessão ordinária de 11 de agosto, o projeto que autoriza a Prefeitura a adquirir uma área de terras para construção de moradias destinadas a famílias atingidas pelas enchentes de 2023 e 2024. O projeto foi aprovado por unanimidade e prevê o pagamento parcelado do terreno, avaliado em R$ 2,1 milhões.
Conforme explicou o vereador Felipe Diehl (PL), a iniciativa é essencial para garantir habitação digna à população que perdeu suas casas. “A Câmara autoriza o Poder Executivo a compra de uma área de terras, com vários lotes, e dentro desses lotes pode construir muitas residências, dezenas de residências. E entre elas, 20 residências conquistadas junto à iniciativa privada por doação”, destacou.
O parlamentar ressaltou a importância da medida diante da demora na efetivação das promessas do governo federal. “A gente sabe que a burocracia do governo federal é muito forte e que inviabiliza a rapidez do que as pessoas precisam. É importante, está de parabéns a prefeita por buscar alternativas nesse meio tempo. Já vamos completar, em setembro, 2 anos da segunda maior tragédia do Vale do Taquari, e ainda não vimos casas concretizadas, apenas provisórias”, lamenta.
Felipe Diehl também criticou a falta de agilidade nas ações federais. “O presidente Lula veio, mostrou um tijolo ali em Cruzeiro do Sul, mas pouco fez até agora. O governo federal é muito bom de inaugurar promessas, mas o povo precisa de agilidade, precisa de casas, de dignidade”, afirma.
O projeto aprovado pela Câmara autoriza a compra do imóvel mediante pagamento parcelado em três vezes anuais, conforme estabelece o Projeto de Lei 094-01/2025. O valor de R$ 2,1 milhões será quitado em parcelas de R$ 700 mil, corrigidas pelo INPC. A primeira deverá ser paga até 30 de abril de 2026. O espaço, com infraestrutura adequada, permitirá a construção das 20 unidades habitacionais doadas pela iniciativa privada e viabilizará novas moradias no futuro.
Felipe ressaltou a união dos vereadores em torno da proposta. “Todos os vereadores aprovaram de forma unânime porque a prioridade é a moradia digna das pessoas”, reforça.