Com a etapa classificatória concluída, 24 finalistas (duas duplas) se preparam para a disputa da grande final na noite deste sábado. Espera-se grande público presente para acompanhar as apresentações a partir das 19h no auditório do Colégio Teutônia.
A expectativa é de um espetáculo ainda mais emocionante, com sete apresentações cada nas categorias Infantil e Juvenil e 10 na Livre. “Independentemente dos resultados, todos já são vencedores por terem tido coragem de subir no palco e compartilhar sua arte”, reforçou Laura Dalmás, cantora profissional que atuou como jurada na etapa classificatória.
Mais uma vez, os artistas percorrerão diferentes gêneros, desde a MPB ao rock, do sertanejo ao gospel, passando por ritmos regionais e interpretações que trouxeram à tona não só habilidade técnica, mas também, sensibilidade e identidade.
Para o diretor artístico do Festival, Marcelo Brentano, é incrível ver a energia do público e o quanto o evento motiva os jovens a mostrarem seu talento. “Aqui, não importa apenas quem ganha, mas a jornada de cada um, a coragem de subir no palco, de emocionar, de se conectar com as pessoas. Isso é o verdadeiro ganho que eles levam para a vida”, relata.
Promovido pelo Grupo Popular de Comunicação e realizado pela Brentano Projetos e Eventos Culturais, o festival tem o patrocínio das cooperativas Sicredi Ouro Branco RS/MG e Certel, American Nutrients e Fuchs Gruppe, além do apoio da Protepac e Colégio Teutônia e apoio institucional da Prefeitura de Teutônia.
Um jurado de calibre
O conselheiro estadual de Cultura, Márcio Grings, veio a Teutônia pela primeira vez como jurado da etapa classificatória. Ele admite a surpresa e felicidade com a produção cultural da cidade. O jornalista radialista, escritor, músico e produtor cultural em Santa Maria destaca a natividade da cidade para a produção musical e o canto coral, além de um festival “tão bem organizado, tão radiante, com muitos talentos”.
Como bisneto de imigrantes italianos e tataraneto de imigrante alemão, ele vive duas culturas, assim como muitos do Rio Grande do Sul – construído pela imigração, por povos originários, pela cultura negra.
“Essa multiplicidade, essas cores, essa diversidade são muito bacanas. Me orgulho de ser filho de imigrante, de perceber que o Rio Grande do Sul tem essa tradição de preservação muito mais forte que em outros estados, inclusive. E vir aqui e ver essa força da imigração… Isso é cultura. Precisamos realmente trabalhar para manter esse orgulho que nós todos temos, isso tudo realmente constrói a nossa própria imagem como estado feito de todos esses cruzamentos dessas culturas”, aponta.
Mais voz para produtores e artistas
Para ele, não se pode olhar apenas para uma região ou tipo de expressão cultural. “Como conselheiro, vejo que o governo cada vez mais pensa em espalhar a cultura por todas as partes do estado, através do fomento. Isso é muito importante, porque houve uma época em que praticamente a capital e a região metropolitana eram contempladas com isso”, cita.
Enaltece a atuação da ex-secretária Beatriz Araújo, que espalhou o Conselho com reuniões remotas. “Temos pessoas das Missões, do Norte, do Sul, da fronteira” e, com isso, Grings percebe a projeção do trabalho de muitos produtores culturais e artistas e torce para que essas atividades “continuem cada vez mais efervescentes”.
Da mesma forma, cita a mudança na atuação do Conselho Estadual de Cultura. “Vinha de uma fase em que ele praticamente decidia para quem destinaria o dinheiro da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Hoje não fizemos mais isso, a gente discute política cultural”, aponta.
Ele enfatiza que o cenário mudou muito em 10 anos. Com mais dinheiro sendo distribuído e equalizado a todas as partes do estado. “Estão olhando para o interior, para as pequenas cidades, para os produtores de fora do eixo. Essa descentralização do eixo acho que é um dos grandes acontecimentos dos últimos anos. Ou seja, se você tem um projeto cultural, é produtor, trabalha de forma autônoma, você tem grandes chances de aprovar seus projetos, e isso é absolutamente sensacional, porque teve uma época em que isso não acontecia”, ressalta.
Povo com e sem cultura
Por fim, Grings conscientiza sobre a importância de destinar recursos e oportunidades para a cultura. “Um povo sem cultura é um povo sem alma. Tudo começa pela nossa cidade, pelo nosso bairro, pela nossa casa. Sou apaixonado por cultura, trabalho com isso desde que me conheço por gente. Literatura, música, cinema, arte me encantam e me movem. Se alguém não tem isso na sua vida, sinto muito, porque está realmente perdendo de ter uma vida mais encantadora, com mais diversidade e mais conhecimento”, comenta.
CATEGORIA INFANTIL
| Candidato (a) | Cidade | Cantor – Música |
| Davi Augusto Teixeira | Parobé | Evidências (Chitãozinho & Xororó)) |
| Isabella Tramontina da Silva e Matheus Salazar Müller | Porto Alegre / Santo Antônio da Patrulha | A lenda (Sandy & Júnior) |
| Júlia Fátima Ziliotto | Nova Bassano | De janeiro a janeiro (Roberta Campos) |
| Julia Zanchin Dai Prai | Guaporé | Abandonada (Fafá de Belém) |
| Laura Deolinda Rodrigues Guedes | Gravatai | Como nossos pais (Elis Regina) |
| Manuela Amaral Gastring | Teutônia | João e Maria (Chico Buarque) |
| Manuela Ramos | Montenegro | Sangrando (Gonzaguinha) |
CATEGORIA JUVENIL
| Candidato (a) | Cidade | Cantor – Música |
| Alice de Oliveira Weirich | Santa Clara do Sul | Como nossos pais (Elis Regina) |
| Amanda de Azevedo da Silva | Triunfo | Uma vez mais (Ivo Pessoa) |
| Érika de Castro | Poço das Antas | Como nossos pais (Elis Regina) |
| Gabriela Taise Haas | Teutônia | Se eu fosse você (Henrique & Juliano) |
| João Vitor Camargo | Campo Bom | Porto solidão (Jessé) |
| Manuela Otarão Segatto (Manu Segatto) | Venâncio Aires | O mágico e eu (Musical Wicked) |
| Nahuana Antoniely Rosa da Rosa | Triunfo | Estou aqui (Vitória Souza) |
CATEGORIA LIVRE
| Candidato (a) | Cidade | Cantor – Música |
| Alana Tamires Benke Althaus | Teutônia | Me refez (Priscilla Alcântara) |
| Ben-Hur Borges Bertuol | Encantado | Sujeito de sorte (Belchior) |
| Emanuelle Corrêa | Porto Alegre | Fascinação (Elis Regina) |
| Lidiane Ziegenrücker Maboni | Lajeado | Jardim particular (Anderson Freire) |
| Milton Vieira (Willys Rafael) | Lajeado | Por um minuto (Bruno & Marrone) |
| Natália da Silva | Teutônia | Você me vira a cabeça (Alcione) |
| Paolla Vitoria Alves Liz | Porto Alegre | Sangrando (Gonzaguinha) |
| Stefanie Welter Schvuchov | Montenegro | Cedo ou tarde (NXZero) |
| Willian Rambor da Rosa e Fernando da Silveira Verdia | Taquari | No dia em que eu saí de casa (Zezé & Luciano) |
| Yasmin Schwab | Roca Sales | Agora só falta você (Rita Lee) |
