A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Teutônia será novamente organizadora de uma das maiores celebrações do esporte inclusivo do país. Neste sábado (20/9), dia em que é celebrado o início da Revolução Farroupilha, o município recebe a 2ª edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa de 2025.
O evento é promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e realizado de forma simultânea em 130 núcleos espalhados pelo Brasil. As atividades serão realizadas na Comunidade Católica de Canabarro, das 9h ao meio-dia. O evento deve reunir cerca de 100 alunos e 50 voluntários.
Pelo segundo ano consecutivo, a Apae de Teutônia foi selecionada pelo CPB para ser núcleo oficial do maior festival do gênero na América Latina. O reconhecimento reforça o protagonismo da instituição na promoção do esporte adaptado e no incentivo à inclusão social por meio da atividade física.
Mesmo com a coincidência da data com as comemorações tradicionalistas, a organização comemora o número de inscritos e lembra que o calendário segue uma lógica nacional, já que o evento antecede o Dia do Atleta Paralímpico, celebrado em 22 de setembro.
A edição de junho reuniu mais de 230 participantes na Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (APDL). Agora, mesmo com a redução natural do número de inscritos devido à sobreposição de atividades no município, o entusiasmo é grande. “O mais importante é manter a oportunidade aberta, oferecer a vivência esportiva de maneira lúdica e mostrar que o esporte é para todos”, destaca a coordenadora de Esportes da Apae Teutônia, Évelin Aschebrock Pacheco.
Entre os confirmados estão alunos da Apae de Teutônia, além de delegações de Bom Retiro do Sul, Taquari e Lajeado. Atletas de outras cidades, como Caxias do Sul, também se inscreveram. O objetivo do CPB é ampliar o alcance das modalidades paralímpicas e estimular o contato inicial com o esporte, que pode se transformar em prática regular ou até em trajetória competitiva no futuro.
Programação
O festival segue cronograma padronizado. A recepção está prevista para as 9h, seguida de concentração, aquecimento coletivo e atividades práticas. Em Teutônia, os participantes terão contato com três modalidades: a bocha paralímpica, reconhecida como um dos esportes mais inclusivos do mundo; o atletismo, que oferece múltiplas possibilidades de participação e é valorizado na instituição; e o badminton, modalidade incorporada gradualmente na rotina esportiva da Apae e que foi bem recebida em edições anteriores.
Além dos participantes, a organização aposta fortemente na mobilização de voluntários. A estimativa é de reunir cerca de 50 pessoas, entre profissionais da Apae e de outras instituições, além de universitários. Uma parceria firmada com o curso de Educação Física da Univates garante a presença de 20 acadêmicos da disciplina de Esporte Adaptado, que terão no festival a oportunidade de vivenciar o trabalho com pessoas com deficiência.
Évelin ressalta que o evento terá grande impacto na comunidade. “Mostraremos as capacidades das pessoas com deficiência. O momento quebra preconceitos e aproxima a sociedade do esporte adaptado. É hora de festa, inclusão e socialização. Queremos que cada participante tenha uma experiência positiva e desperte o interesse por continuar nas atividades físicas”, afirma.
O envolvimento da equipe da Apae também é destacado como ponto para o recente sucesso do evento. Desde a organização do espaço até a preparação de lanches e materiais, todos os profissionais se engajam na realização da atividade. O cuidado com o ambiente (colorido e atrativo), busca tornar a experiência ainda mais significativa para os alunos e visitantes.
Inclusão
O Festival Paralímpico não se limita ao momento vivido em quadra. Para muitos jovens, a participação representa um primeiro contato com o esporte adaptado. Para outros, é a confirmação de uma trajetória que já se desenha em competições estaduais e nacionais.
A Apae de Teutônia tem ampliado sua atuação no cenário esportivo, com representantes em eventos regionais, nas Paralimpíadas Escolares e na Olimpíada Nacional das instituições. Atletas da região conquistaram convocações importantes, especialmente nas modalidades de bocha e atletismo.
Mais do que números, o festival representa um espaço de convivência. Estudantes com e sem deficiência compartilham experiências, aprendem a respeitar diferenças e constroem relações de amizade. A comunidade também é convidada a participar. Por isso, a entrada é gratuita.