A estudante do 9º semestre do curso de Psicologia da Universidade do Vale do Taquari – Univates Lauren Minuzzi Cremer está realizando um projeto como parte de estágio específico com ênfase em Subjetividade e Trabalho do bacharelado. Suas atividades acontecem na Rede de Carreiras da Universidade. Não há número limitado de vagas. Os atendimentos são oferecidos durante todo o semestre de 2022/B.
Os atendimentos são abertos a qualquer mãe que deseje fazer orientação de carreira, sendo o atendimento gratuito para alunas matriculadas ou diplomadas da Univates. Os encontros têm duração média de 45 minutos. A evolução das conversas ocorre conforme as necessidades de cada orientanda. Interessadas podem agendar horário ou obter mais informações pelo WhatsApp (51) 3714-7063. Para tornar o atendimento mais acessível, ele pode ser realizado de forma presencial ou virtual.
A orientação de carreiras para mães consiste em atendimentos individuais, com escuta especializada, que buscam auxiliar a mulher a construir ou reconstruir seu caminho profissional, que, em muitos casos, é afetado pelos desafios da maternidade. Os atendimentos têm como objetivo promover tanto a escuta da história de carreira da profissional quanto a escuta das necessidades dessa mãe e, a partir disso, promover a autonomia e a capacidade de autogerir suas carreiras. Com a promoção dessas competências a mulher se sentirá mais segura em tomar decisões a respeito de sua carreira.
O surgimento da ideia está muito vinculado à experiência da estudante como mãe e ao seu estágio na Rede de Carreiras da Univates. “Um dia recebemos no setor uma estudante que queria cancelar o curso técnico em que estava matriculada pois havia descoberto que estava grávida. Essa situação me motivou a pesquisar mais sobre os impactos que a maternidade tem nas carreiras das mulheres e pensar em estratégias para auxiliar essas pessoas”, detalha a jovem.
Lauren descobriu, em suas pesquisas, que oito em cada dez mulheres pensam em deixar seus empregos após a maternidade e que 48% estará desempregada após um ano do nascimento do filho, sendo a maior parte demitida sem justa causa. “Fazendo um comparativo, 92% dos homens que têm filhos de até um ano continuam ativos no mercado, dos quais 82% trabalham 35 horas ou mais em jornadas semanais. Decidi, então, me preparar para oferecer uma orientação profissional específica para mães, com o objetivo de auxiliar essas mulheres a construírem projetos de carreira compatíveis com a maternidade, os próprios interesses e com a sua formação”, explica.
O projeto busca auxiliar mães que estão passando por um período de dúvida em relação à sua profissão, por exemplo: indecisão em relação a trabalhar, ou se dedicar à maternidade exclusivamente; insatisfação com a sua profissão atual; necessidade de buscar uma nova atividade ou rotina profissional; necessidade de retornar, ou ingressar, no mercado de trabalho; e auxílio na construção da sua trilha de carreira.
“Muitas mulheres não encontram o suporte que necessitam em suas redes de apoio, ou não se sentem seguras em compartilhar as dificuldades que enfrentam no seu cotidiano, por medo de serem julgadas por suas escolhas. Buscamos fazer a diferença na vida profissional de mulheres que optaram por conciliar profissão e maternidade, um trabalho difícil e, muitas vezes, desvalorizado”, pontua.
A estimativa do Fórum Econômico Mundial é que a equidade de gênero acontecerá somente em 2095, se a sociedade mantiver as condições atuais. “Esperamos que, com os atendimentos, nós possamos estar trabalhando para que a desigualdade diminua e mais mulheres possam exercer o direito de ter uma carreira. Fica aqui o meu convite a você que é mãe e quer pensar sua carreira. Espero você aqui na Rede de Carreiras para construirmos um lindo caminho juntas”, destaca.