Varejo deve ter simbiose entre algoritmo e ser humano

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Palestrantes afirmam sobre não existir mais uma vida sem o digital e sem a loja física / Crédito da foto: Elifas de Vargas / Especial FP

Depois de três dias de uma verdadeira imersão na maior feira de varejo do mundo, a NRF 2023 – de 15 a 17 de janeiro –, é hora de absorver o que de melhor foi lançado pelos palestrantes e provocado pelas empresas participantes. O fotógrafo empreendedor Elifas de Vargas compartilha o que a feira trouxe de mais disruptivo para o varejo.

Ele fez a curadoria de conteúdo para o Projeto NRF 2023 Digital Discovery e segue em Nova Iorque em busca de experiências impactem os negócios de seus clientes.

Primeira feira após o período mais crítico da pandemia, a feira atraiu grande público ávido por novidades. Com mais de 350 palestras em três dias, a NRF demonstrou a preocupação das empresas americanas em como se organizarem para diminuir custos e melhorar a logística interna de seus processos. Isso vem ao encontro do que os palestrantes afirmam sobre não existir mais uma vida sem o digital e sem a loja física.

Nas estatísticas apresentadas, o merchandising dos anúncios no digital dão muito resultado dentro das lojas físicas. “O desafio é como aproveitar para trazer mais pessoas para dentro da loja e como melhorar essa experiência do cliente. As empresas estão discutindo como podem se ajudar, para que todos se beneficiem numa cadeia de distribuição”, detalha Elifas.

O principal recado desta edição da feira foi: “No varejo, precisa existir uma simbiose entre o algoritmo e o ser humano. Sem algoritmo, não vamos conseguir trabalhar todos os dados que a gente coleta em loja. Com o algoritmo, vamos entender a necessidade do cliente para melhorar toda a experiência dele dentro da loja e no e-commerce”, sinaliza.

Outra discussão em alta na NRF foi a economia circular e a viabilização de venda ou de troca de produtos usados dentro das lojas. “As pessoas da nova geração gostam muito da economia circular. O público entre 30 e 40 anos de idade é o que mais tem interesse. Existe uma tendência do velho ser o novo”, assegura Elifas.

Mesmo com o encerramento da NRF na terça-feira (17/1), Elifas permanece nos Estados Unidos para visitas técnicas a locais determinados, ativações do varejo, trará novidades e insights especialmente aos parceiros do Projeto NRF 2023 Digital Discovery e da Kreativ. Esta cobertura faz parte da parceria com o Grupo Popular de Comunicação, com sede em Teutônia.

Marca na era digital
A NRF 2023 também trouxe reflexões de como conduzir a marca. Empresários do varejo, acostumados a apostar em promoções, nem sempre podem estar no caminho mais assertivo. “A equipe da Louis Vuitton, marca de alto luxo, destacou que a promoção não é boa, pois ela não fideliza e não dá exclusividade para os produtos. Então, a promoção nem sempre vai dar um retorno de valor de marca”, destaca Elifas.

A feira também teve corredores lotados para conferir as empresas de inovação e tecnologia em espaços como o Inovattion Lab e o Startup Zone. Destaque para a presença da França neste setor. E, dentro deste ambiente que dita o que será o varejo no futuro, Elifas sinaliza para mudanças que devem revolucionar as experiências de compra. Entre elas, a internet 5G, dando mais autonomia para as lojas e compradores.

Opiniões
“É uma NRF com conteúdos aplicáveis, saindo só da tecnologia e humanizando ainda mais o varejo, principalmente por meio do senso de comunidade, de estar inserido e entender o que está acontecendo”, avalia Diana Lienert, head marketing do Sindilojas Porto Alegre.

“Empresas cada vez mais próximas de suas comunidades e a vontade em resolver os problemas do local onde estão inseridas, é o grande desafio atual das marcas. Mostrar valor local é um objetivo a ser alcançado”, pondera Arcione Piva, presidente do Sindilojas Porto Alegre.

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