Mais uma vez o estado da RSC-453, a Rota do Sol, está em discussão pela comunidade regional. Os buracos e desnivelamento das pistas, principalmente em frente a sede da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Teutônia (km 54) e próximo à entrada da Linha Geraldo (km 51) oferecem riscos aos motoristas que trafegam nestes locais.
Segundo o engenheiro e diretor técnico da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pelo trecho, o afundamento da pista em frente à PRE ocorreu em função do quebra-molas instalado no local. “A situação é gerada pela baixa velocidade dos veículos, principalmente de caminhões pesados, que praticamente param para passar pela lombada. Esse movimento gera carga estática e, com a temperatura, faz com que o material da pista fique mais mole e afunde”, explica Luís Fernando Pereira Vanacôr.
Conforme informado pelo pelotão rodoviário na época da instalação (2020), a solicitação ocorreu devido ao excesso de velocidade no local, e visava a segurança dos agentes e da comunidade.
Vanacôr comenta que a lombada foi colocada a pedido do posto da polícia. “Como ela foi instalada ali com a intenção de reduzir velocidade, não nos opusemos, mesmo sabendo o que ia acontecer”, comenta.
Ele cita que a manutenção do quebra-molas no local dependerá de conversa com o pelotão. “Se ela é efetiva e trouxe mudança de comportamento, será privilegiada a segurança, mesmo que isso traga custos adicionais”, pontua.
Prazo
Na segunda-feira (27/2), durante a reunião do G7, o prefeito de Imigrante, Germano Stevens, disse que, em conversa com o diretor-presidente da EGR, Luiz Fernando Záchia, este havia prometido que as obras iniciariam na quarta-feira (1º/3). Porém, até esta sexta-feira (3/3), não houve sinal da empresa no local.
Vanacôr confirma que o presidente havia anunciado as obras, mas que ainda há estudos sobre outros trechos a serem trabalhados. Segundo ele, até a próxima semana, a EGR organizará informações e mobilizará máquinas e servidores para a execução. “O maquinário é pesado, e precisamos acumular certa quantidade de trabalho para que seja viável a mobilização até o local. Com certeza até a semana do dia 13 daremos início às obras”, promete.
Conforme o 2ª sargento Enéias Colaço, responsável pela PRE de Teutônia, o pedido de melhorias no local já havia sido enviado à EGR. Ele diz ter conhecimento de que a empresa retornou a alguns membros do G7, mas que a PRE não foi informada oficialmente. “Estamos aguardando”, comenta.
Alternativas
Questionado sobre alternativas ao quebra-molas, Vanacôr citou que obstáculos físicos e rígidos ainda são mais efetivos em forçar a redução da velocidade. “Cones e lombadas eletrônicas, por exemplo, não garantem que o motorista ande mais devagar”, comenta.
Já conforme o sargento Colaço, o grupo está aberto a discussões, mas no momento a preferência seria pela continuidade da lombada. “Frequentemente temos pedestres circulando no local, seja por precisarem ir ao banheiro, pedir informações ou, até mesmo durante abordagens policiais. As placas existem e já usamos pardais móveis em outros pontos, mas há motoristas que não respeitam a velocidade e colocam em risco a vida de outras pessoas”, lamenta.