Desvio constante de buracos na RSC-453 e ERS-419 aumenta chances de acidentes

Com buracos abertos ao lado dos fechados, critérios para o reparo não são claros,

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Créditos: Camille Lenz da Silva

Depois de aproximadamente 10 dias de chuva no Vale do Taquari, a situação das rodovias RSC-453 (Rota do Sol) e ERS-419, que já inspirava atenção, agora está em estado ainda mais crítico. Isso porque buracos fundos e largos esculpidos pelas águas ameaçam a vida e o patrimônio de dezenas de motoristas que trafegam diariamente pelas pistas.

RSC-453

Na Rota do Sol, de responsabilidade da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), foram registrados vários relatos de pneus furados e veículos com avarias durante o dia e ao anoitecer. A partir disso, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) solicitou à guarnição dos Bombeiros Voluntários de Teutônia o preenchimento de alguns buracos maiores, nos km 63 e 64.

Conforme Genir Pithan, presidente da guarnição, a organização recebe da EGR o valor mensal de R$ 15 mil para atuar em ações emergenciais nas vias, como acidentes e quedas de árvore. Porém, o fechamento dos buracos também era considerado uma emergência, tendo em vista os registros já ocorridos.

“Após a PRE e a Transul nos informarem que, pelo menos, três carros haviam sofrido danos após passarem pelos buracos, fomos até o local. É mais fácil fazer isso do que ter que atender acidentes”, citou.

Na segunda-feira (8/5), a EGR havia informado que seriam realizadas intervenções entre os km 39 a 50, em Estrela. Porém, o percurso mais crítico parece ser a partir do limite com município de Teutônia.

Na manhã desta sexta-feira (12/5), em análise pelo aplicativo de trânsito Waze, foi possível notar o alerta de motoristas para, pelo menos, quatro buracos na via entre o trecho que liga Estrela e Teutônia, e outros sete no trecho entre os acessos ao centro de Westfália e a Linha Paissandu.

Créditos: Reprodução Waze

ERS-419

No trecho que liga Teutônia e Poço das Antas não foram registrados alertas sobre buracos no aplicativo Waze na manhã e tarde desta sexta-feira. Em parte, motoristas estão cansados de sinalizar diariamente os trechos com declives ou buracos, que passam de 20 ao longo do percurso. Porém, quem transita pela rodovia sabe que eles estão lá.

Créditos: Reprodução Waze

A dificuldade em ver os pontos críticos ainda não recuperados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável pelo trecho, se somam, ainda, à falta acostamento e de sinalização da via.

Em janeiro, durante reunião do G7, membros do Daer haviam pedido aos prefeitos para estes esperarem o início do ano financeiro de 2023 – fevereiro – para retomar os empenhos, emitir a ordem de obra e recomeçar os trabalhos. Até hoje, porém, não há sinal de liberação de valores para tal.

O levantamento de necessidades foi feito há 1 ano e meio, com investimento previsto de R$ 3 milhões. Todavia, conforme o próprio Daer reconhece, as necessidades atuais são bem maiores e exigirão mais recursos.

Créditos: Camille Lenz da Silva

Respostas

Segundo o engenheiro técnico da EGR, Luís Fernando Pereira Vanacôr, equipes da empresa estão monitorando constantemente as vias e realizando operações tapa-buraco. “Alguns pontos da via já foram recapeados. Agradecemos ao CBV de Teutônia pelo pronto atendimento, atuando de forma imediata. Posteriormente, os buracos foram preenchidos com material pela nossa equipe. Reforçamos que os munícipes e demais empresas podem e devem nos avisar em situações como essas, e que temos um grupo com equipes de ambulância, polícia e bombeiros justamente para agilizarmos o cumprimento de medidas urgentes”, frisa.

Já de acordo com a assessoria de comunicação do Daer, o trecho da ERS-419 será atendido assim que houver liberação de recursos financeiros para a realização de obras do contrato de conservação rotineira. O departamento aguarda o levantamento desses valores pelo Governo do Estado, o que segundo a nota deve ocorrer nas próximas semanas, quando serão programadas ações de reparos emergenciais nas rodovias da região.

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