O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru (ILC) registrou deflação de 4,75% no mês de junho. Milho e soja mantiveram a tendência de queda, mas em uma proporção menor do que a de maio, com a soja apresentando diminuição de preço de -0,24%. Os fertilizantes também tiveram queda, puxada principalmente pela baixa do dólar.
A queda é reflexo da baixa nos preços da maior parte dos insumos, segundo a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
O aumento da energia elétrica pelo segundo mês consecutivo e a estabilidade dos combustíveis contribuíram para uma desaceleração da deflação do índice no período, conforme divulgado pela Assessoria Econômica nesta terça-feira (25/7).
No acumulado de 2023, o ILC apresenta uma deflação de 31,67%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de -35,35%. Esse resultado está alinhado com outros índices, como o de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) e o Indice Geral de Preços (IGP-DI), calculados pela Fundação Getúlio Vargas.
Conforme a análise da Farsul, tanto o IPCA como o IPCA Alimentos também apresentaram comportamento deflacionário em junho. O IPCA que em maio apresentava inflação de 2,95% no acumulado do ano passou para 2,87% na leitura de junho.
Já o IPCA Alimentos, que em maio tinha inflação acumulada no ano de 1,69%, passou para 1,02% em junho. “Também destacamos que esse comportamento se repete nas suas leituras acumuladas em 12 meses”, diz o boletim.
A expectativa para julho é de mudança no cenário dos preços dos grãos, com a soja e o milho voltando a subir após seis meses seguidos de queda. O Dólar se mantém estável, o que pode estabilizar a cotação de outros insumos. Somado o esperado aumento dos grãos, esse cenário aponta a retomada da inflação do ILC para o próximo relatório.