Em 2023, o Brasil bateu recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e geo-hidrológicos. O Rio Grande do Sul registrou 74 óbitos (56%) do total de mortes relacionadas a eventos relacionados à chuva no país. Os dados são do conforme do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), divulgados durante a reunião mensal de avaliação e previsão de impactos de eventos extremos.
No país, 1.161 eventos de desastres foram registrados, o que representa uma média de três mortes por dia. Destes, 716 são associados aos desastres naturais. Segundo o Cemaden, 2023 foi marcado por dois grandes desastres:
O primeiro foi o deslizamento de terra em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, em fevereiro, que provocou 64 mortes.
Já o outro foi a enxurrada no Vale do Taquari, em setembro, com 53 mortes e cinco pessoas ainda desaparecidas. Ambos tem relação com volumes de chuva expressivos concentrados em poucas horas, de acordo com o Cemaden.
Segundo especialistas, a tendência para 2024 é continuar sob a influência do El Niño, o que implica na manutenção de eventos extremos até o início do inverno. E, por consequência do fenômeno meteorológico e da mudança climática, 2024 deve ficar entre os cinco anos mais quentes deste século.