Saúde de Lajeado reforça recomendação de vacinação contra sarampo

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Créditos: Divulgação

Em razão da confirmação de um caso de sarampo importado no Estado, diagnosticado no final de 2023 em Rio Grande em um menino menor de 5 anos, a Secretaria da Saúde (Sesa) de Lajeado está reforçando a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral contra sarampo, rubéola e caxumba na população. 

Oferecida gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde, a vacina da tríplice viral deve ser feita em crianças aos 12 meses de vida e aplicada uma segunda dose aos 15 meses. Em adultos com até 29 anos que não foram imunizados, a vacina da tríplice viral deve ser aplicada também com duas doses. Já os adultos de 30 a 59 anos de idade devem receber apenas uma dose da vacina.

Caso importado

O Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta após confirmar um caso importado de sarampo no Estado. O paciente é um menino menor de 5 anos que chegou a Rio Grande no dia 27 de dezembro de 2023, vindo de um país asiático, onde há circulação endêmica da doença. A família do menino chegou ao Brasil no dia 26 de dezembro e passou pelos aeroportos internacionais de São Paulo e Porto Alegre, finalizando o itinerário via transporte rodoviário até a cidade de Rio Grande. 

No dia 2 de janeiro deste ano, o menino foi levado para atendimento em uma UPA por conta de dor abdominal e febre. Após, foi transferido para o Hospital Universitário, onde permaneceu em isolamento. A suspeita inicial era de malária, mas no dia 4 de janeiro o menino apresentou exantema e manchas. De acordo com o Centro de Vigilância, foram realizados exames para dengue, malária, leptospirose e vírus respiratórios, todos com resultados negativos. Já a sorologia (IgM) para sarampo foi reagente, assim como o teste de Rt-PCR (biologia molecular), confirmando o diagnóstico. Foi realizado bloqueio vacinal seletivo nos familiares, vizinhos e profissionais da saúde que atenderam o menino. 

A criança está bem e seus familiares não apresentaram sintomas. O município de Rio Grande segue monitorando atendimentos por febre, exantema e tosse ou coriza ou conjuntivite, sem nenhuma identificação de caso suspeito.

Situação no Brasil

Após o registro dos últimos casos de sarampo no ano de 2015, o Brasil recebeu em 2016 a certificação da eliminação do vírus. Nos anos de 2016 e 2017 não foram confirmados casos da doença. No entanto, em 2018, o vírus voltou a circular, e em 2019, após um ano de circulação do vírus, o Brasil perdeu a certificação de “país livre do vírus do sarampo”, e novos surtos da doença foram registrados.

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