Executivo de Fazenda Vilanova detalha motivos do decreto de situação de emergência

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Crédito: Divulgação/AI Fazenda Vilanova

Na sexta-feira (10/5) o prefeito de Fazenda Vilanova, Amarildo Luis da Silva, detalhou os motivos que embasaram o decreto de situação de emergência em virtude das fortes chuvas. Segundo ele, as chuvas causaram inúmeros prejuízos econômicos, sociais e psicológicos no município.
No decreto são listados danos e prejuízos percebidos nos mais diversos setores do município, dentre eles: área com risco de desmoronamento no quilômetro 370 da BR-386; aproximadamente R$ 2.325.700,00 em perdas na agricultura; cerca de R$ 500mil em estragos nas estradas municipais; obstrução de vias, desabastecimento de luz, água e combustível.
O chefe do Executivo informou que o decreto de situação de emergência foi encaminhado à União, que homologou o mesmo como situação de calamidade. “No entanto, vamos encaminhar todos os nossos projetos como situação de emergência, porque devemos ter o cuidado e a seriedade, porque nossos prejuízos não chegam a ponto de ser calamidade, como ocorreu em outros municípios”, ressaltou.
Sobre desabastecimento de água, o prefeito ressaltou que o mesmo está diretamente relacionado à falta de energia. “Todas as localidades que não eram atendidas pela Certaja, nós abastecemos com geradores, de forma alternada. Procuramos garantir o mínimo de água para o consumo humano. Foi um trabalho intenso”, salientou.
Quanto à falta de energia, o chefe do Executivo observou que as redes da região foram drasticamente destruídas, levando a RGE fazer uma manobra de conectar as redes do município à uma linha que vem de Montenegro e passa por Brochier e Montenegro. “Isso permitiu o retorno parcial da energia, pois não havia potência suficiente para abastecer o município todo. Mantivemos um contato constante com a RGE para que a luz voltasse por completo, o que somente ocorreu na metade desta semana”, explicou.
Ainda sobre a energia, Silva informou que a RGE tem previsão de instalar uma subestação em Bom Retiro do Sul até 2028, que também atenderá Fazenda Vilanova e Paverama. “Mas não podemos esperar tanto tempo. Temos que fazer um trabalho conjunto para trazer esta subestação o quanto antes para a nossa microrregião, para evitar que fiquemos sem energia elétrica e acumulando prejuízo por tanto tempo”, expôs.
Devido à falta de energia, os atendimentos em saúde restaram prejudicados em Fazenda Vilanova e, também, na região. Neste quesito, o prefeito colocou que a Secretaria de Saúde trabalhou incansavelmente para conseguir a hemodiálise para os vilanovenses em Caxias do Sul. “Ainda em função dos eventos climáticos, diversos atendimentos de saúde ainda não puderam ser normalizados. Estamos realizando atendimentos básicos em nossa unidade de saúde, mas exames de maior complexidade e tomografias, por exemplo, estão sem previsão de serem normalizados. Pedimos a compreensão da comunidade neste momento”, frisou.
Com energia e água reestabelecidos, o Município também pode retomar as aulas durante a semana. E, devido à redução do volume de chuvas, foi possível iniciar os serviços de recuperação efetiva das estradas danificadas.
O prefeito pontuou que a cidade contribuiu com a região por meio de diversas formas. “Inicialmente atendemos a nossa população e posteriormente ajudamos os municípios vizinhos. Cedemos máquinas e caminhão para Bom Retiro do Sul. Nossos caminhões também ajudaram na distribuição de água potável da Fruki nos municípios da região. Arrecadamos alimentos, materiais de higiene e limpeza, brinquedos. E já estamos nos organizando para auxiliar com máquinas o município de Venâncio Aires, especialmente no distrito de Mariante”, listou.
Amarildo também informou que em torno de 15 famílias de municípios atingidos estão sendo acolhidas em Fazenda Vilanova, seja na casa de familiares ou que, então, alugaram imóveis e vão acabar residindo no município. “E a tendência é de que mais famílias venham até Fazenda Vilanova para fixar residência”, colocou.
Por fim, o prefeito agradeceu à população vilanovense pela compreensão. “Foi um momento difícil. É uma situação de calamidade na região. Foi um desastre total, pois tem cidades que precisam mudar de local. Teremos uma profunda transformação no Rio Grande do Sul em diversas áreas. Apesar dos prejuízos, o município de Fazenda Vilanova foi um dos menos atingidos”, sublinhou.

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