O Plano Safra 2024/2025 foi anunciado na quarta-feira, 3 de julho, pelo presidente Lula e foi alvo de críticas de entidades e lideranças ligadas ao segmento empresarial. O anúncio traz a liberação de R$ 476,5 bilhões, destes R$ 76 bilhões são para a agricultura familiar e R$400,5 bilhões para a agricultura empresarial para o ciclo com encerramento em julho do próximo ano.
Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, dois aspectos causam preocupação. O primeiro diz respeito à real execução do previsto. Nos cálculos do economista, dos R$ 435 bilhões do plano anterior, foram realizados, de fato, R$ 369,2 bilhões, uma queda de 15% em relação ao previsto. A situação mais grave refere-se ao montante de recursos oferecidos com taxa de juro controlada pelo governo.
Houve uma queda de 12% dos recursos controlados.
A mesma crítica é apresentada pelo presidente da Associação Brasileiras dos Produtores de Soja, Maurício Buffon, destacando que a maior parte dos recursos não tem equalização de taxa de juros, ou seja, o governo não está contribuindo para balizar o custo do dinheiro para os produtores rurais.
Ainda, as entidades reclamaram o atraso na divulgação do Plano Safra 2024/2025 que acabou comprometendo o planejamento para tomadores de crédito e instituições financeiras e que os recursos são insuficientes para atender as demandas da produção brasileira.