Ferrovias do RS estão isoladas do restante do país

As linhas que ligavam o estado a Santa Catarina foram danificadas após as chuvas. O principal impacto foi sentido no transporte de combustíveis.

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Crédito: Divulgação

Parte das ferrovias do Rio Grande do Sul está obstruída desde as cheias de maio e, por isso, o estado não tem ligação com o restante do país. O principal impacto está associado ao transporte de combustíveis, já que 80% do etanol chega ao estado pelos trilhos.

Quatro pontos de bloqueio interrompem as ferrovias. Em alguns pontos, túneis estão interrompidos por dejetos. Em outros, a estrada cedeu ou os trilhos foram levados pela força das águas, como no trecho da Ferrovia do Trigo, que liga Roca Sales a Passo Fundo.

O etanol que chega ao estado, tem como fim o abastecimento de veículos e a produção do plástico verde. Para chegar ao Polo Petroquímico de Triunfo, navios e caminhões têm feito o transporte do insumo.

A distribuição de gasolina pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, para todo o estado também foi comprometida. Antes feito pelos trilhos, desde maio o transporte ocorre através de caminhões.

Em todo o estado, apenas uma ferrovia segue em funcionamento. Ele sai de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, e chega até o porto de Rio Grande, na Região Sul. O trajeto é usado no transporte de grãos e precisou ter a operação reduzida. Das oito viagens diárias antes da enchente, apenas duas estão em operação. 

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