Na quarta-feira passada (17/7), o Galpão Municipal do Parque de Eventos de Westfália foi palco da celebração cultural em homenagem aos 200 anos da imigração alemã no Brasil, idealizada pela Associação Cultural Westfaliana. A programação reuniu a comunidade e promoveu reflexões sobre a influência germânica na região.
“É com grande alegria e orgulho que celebramos esta passagem especial e importante. Westfália, por exemplo, oferece uma imersão única na rica herança dos imigrantes alemães, marcos culturais importantes na construção da nossa história”, frisou a presidente da Associação Cultural Westfaliana, Gabriele Schneider Bentancor.
O secretário de Educação, Cultura, Turismo e Desporto, Gustavo Sieben, também enalteceu a importância histórica da imigração alemã. “E o envolvimento dos estudantes nas pesquisas foi imenso. Eles mergulharam na história e puderam refletir sobre todo o processo de imigração, que deixou raízes profundas, lembradas até hoje”, considerou, parabenizando os estudantes pelo engajamento nos concursos.
A programação foi aberta com a apresentação do Coral Infantojuvenil, sob a regência do professor Leandro Ahlert. Os jovens encantaram o público com uma seleção de canções, interagindo e vibrando com a comunidade.
Concursos
Os pontos altos da noite foram as finais do Concurso de Oratória e Paródias, ambos com a temática “Celebrando os 200 anos da imigração alemã no Brasil: de que forma a integração cultural beneficiou a nossa comunidade?”.Os concursos tiveram etapas preliminares na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Vila Schmidt. Os jurados da noite foram o jornalista Lucas Leandro Brune, o produtor cultural Marcelo Brentano, o músico e maestro Lucas Eduardo Grave, a professora de Alemão, Roseli Hetzel Kussler, e o membro da JCI Lajeado, Luiz Gustavo Kroth.
O Concurso de Oratória, primeira final da noite, contou com a participação de oito estudantes dos 8º e 9º anos. Foram avaliados critérios como voz, conteúdo, apresentação, tempo e harmonia. Os melhores da categoria foram Natieli Monique de Oliveira Saueressig – 1º lugar; Kamilly de Paula da Rosa – 2º lugar; e Kétlin Luise Maurer Pott – 3º lugar.
Na apresentação, Natieli desceu do púlpito e falou diretamente com o público. “Eu desci para homenagear as pessoas que seguem com essa cultura, para olhar olho no olho de cada um”, afirma.
O Concurso de Paródias contou com sete apresentações criativas de alunos do 6º e 7º anos. As paródias trouxeram momentos de descontração e alegria, demonstrando o talento e a criatividade dos jovens estudantes. Nesta categoria, os melhores foram Betina Horst Machado e Flávia Sieben, com a paródia “Imagine” – 1º lugar; Henrique von Mühlen, com a paródia “Hino da Imigração” – 2º lugar; e Agatha Sofia Klein Agatti e Djéssica Schneider, com a paródia “Imigração” – 3º lugar.
As campeãs Betina e Flávia destacaram o esforço de cada dupla e a torcida de todos. “Quando estávamos lado a lado para apresentar, estávamos sempre torcendo por eles, para que tudo desse certo e para que, na nossa vez, também consiguíssemos ir bem”, afirmaram.
Todos os finalistas receberam certificados e medalhas em reconhecimento ao seu esforço e dedicação. Os melhores colocados foram agraciados com vale prêmios e troféus.
A celebração dos 200 anos da imigração alemã no Brasil segue inspirando a comunidade a valorizar suas raízes e outras programações culturais, dentro do projeto idealizado pela Associação Cultural Westfaliana, que estão previstas para o decorrer do ano.
Memorial do bicentenário
Durante a programação cultural, ainda houve a divulgação e premiação dos quatro melhores trabalhos do concurso “Memorial dos 200 anos da Imigração Alemã no Brasil”. As maquetes inscritas, mais de 50 no total, foram avaliadas no mês de maio pela comissão julgadora, formada por Lucildo Ahlert, Jucimar Docena, Andreas Hamester, Gelson Marmitt e Guilherme Blume.
Na ocasião, os dez autores dos melhores projetos foram reconhecidos com certificados e medalhas, e os quatro melhores receberam troféu e vale prêmios. Gabriela Haas Wiprich (5º ano da Emef Bandeirantes) ficou em 1º lugar; Flávia Sieben (7º ano da Emef Vila Schmidt), em 2º lugar; Lucas Alberto Grimm Horst (5º ano da Emef Bandeirantes), em terceiro; e Gabriele Luigi Bortolini (8º ano da Emef Vila Schmidt) ficou em 4º lugar.
A maquete de Gabriela Haas Wiprich retratou a Igreja Evangélico Sião, da Linha Frank. “Eu fiz a igreja da Linha Frank, porque é a mais antiga do município e foi onde o ex-presidente do Brasil, Ernesto Geisel, foi batizado”, explica. A maquete vencedora servirá de inspiração para a construção de um memorial, celebrando de forma permanente a herança alemã.