O painel da Amturvales “Turismo e Infraestrutura: O que falta para o Vale decolar” foi realizado na manhã desta quinta-feira (14/11) durante a programação da Expovale + Construmóbil 2024, em Lajeado.
A atividade teve a participação do diretor executivo do Boulevard Encantado, Fabio Vitória; do sócio-diretor e fundador do Laghetto, Plinio Rafael Ghisleni; e do presidente do IDT-Cema e ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo, Bruno Omori.
Vitória apresentou os bastidores da idealização do Boulevard, que será inaugurado dia 21 de novembro, próxima quinta-feira. A ideia surgiu após os primeiros içamentos da estrutura do Cristo Protetor, em 2021, momento em que viu o potencial da região. “O Vale do Taquari tem tudo para se tornar a segunda maior região turística do estado. A região foi uma promessa que se tornou realidade, e o Boulevard vem para valorizar o que é nosso, com players experientes. Turista que vem de fora quer experimentar o que é nosso, é uma exigência”, reforça.
O complexo foi construído levando em conta a gastronomia, lazer, cultura, diversão, experiência, hotelaria, sustentabilidade, religiosidade, negócios e entretenimento. “A pandemia transformou a forma de consumo das pessoas, que hoje investem em viver novas experiências, e este é o conceito que buscamos trazer”, afirma.
Os palestrantes reforçaram a importância da união do Vale, de forma que o destino turístico seja o Vale do Taquari, e não uma cidade em específico. Para isso, Fábio comenta a necessidade dos empresários tomarem a iniciativa e ofertar produtos turísticos para os entes públicos, solicitando a contribuição dos governos para viabilizar os projetos.
Aliado a isso está o desejo de fazer com que as pessoas permaneçam por mais tempo no local. Assim, chega ao complexo um dos hotéis Laghetto, que possui mais de 24 unidades espalhadas pelo Brasil. Serão 135 apartamentos no estilo condo-hotel, empreendimento imobiliário que funciona como um hotel, mas é estruturado juridicamente como um condomínio. Os quartos são vendidos individualmente e como unidades autônomas. Segundo Plínio, cerca de 70% da hotelaria nacional se desenvolveu nesse modelo. “São hotéis corporativos com cara de casa”, pontua.
O empreeendimento chega com a expertise do bom atendimento e contribuirá para fortalecer o mercado. O projeto está em reta final de aprovação e registro imobiliário.
Bruno Omori, por sua vez, trouxe o tema “Tendências e oportunidades com a legalização dos jogos no Brasil”. Explanou sobre como estas estruturas já funcionam em outros países e deu mais detalhes sobre os trâmites para a liberação de atividades como cassinos, por exemplo.
O que falta
Para Fábio Vitória, é preciso oportunidades e unir esforços. “Oportunidade é oferta de produtos turísticos na nossa região. O Boulevard Encantado está aí mostrando que é possível criar grandes ofertas dentro desse mercado. O Cristo Protetor é um outro exemplo, o Hotel Laghetto é um outro exemplo. E todos os impedimentos feitos em todo o Vale do Taquari, região alta, região baixa, pensando no turista, pensando em bem receber, são exemplos de oportunidades e daquilo que a gente precisa fazer para que o Vale do Taquari seja um destino turístico. Mudança inicia com oportunidades”, aponta.
A união dos esforços, por sua vez, deve partir tanto do ente público quanto do ente privado e de sua interação. “É importante o Governo do Estado, os governos municipais entenderem esse processo que a gente está passando e saberem qual é o papel deles para poder facilitar que isso tudo aconteça”, propõe.
Ele acrescenta que, se o Vale quiser crescer como destino turístico e gerar riqueza para a população, deve trabalhar em conjunto pelas próprias demandas, visando mais respaldo na hora de apresentar propostas. “Falamos que o destino turístico é o Vale, porque o turista que chega não cuida se está na cidade A ou B. Um empreendimento complementa o outro”, finaliza.