Estado lança SUS Gaúcho e destina R$ 1 bilhão para a Saúde até o fim de 2026

Um dos focos do programa será reduzir em 70% as maiores filas de pacientes que aguardam por cirurgias e consultas eletivas

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Eduardo Leite afirma que a medida é um "passo histórico para a saúde do RS" - Crédito: Vitor Rosa / Secom / Divulgação

O governo do Rio Grande do Sul lançou o SUS Gaúcho nesta quinta-feira (25/9), programa estratégico que prevê investimentos extras de R$ 267,7 milhões ainda em 2025 para reduzir filas de consultas e cirurgias, melhorar o transporte de pacientes e reforçar o atendimento em pronto atendimentos e hospitais municipais. A expectativa é reduzir em até 70% as filas mais críticas do sistema.

Segundo o governador Eduardo Leite, o projeto é resultado da reorganização financeira do Estado, que incluiu o pagamento de dívidas herdadas de gestões anteriores e um acordo com o Ministério Público que garantiu novos recursos para a saúde. “O SUS Gaúcho nasce para dar acesso mais rápido e digno aos gaúchos, cuidando das pessoas onde elas estão e fortalecendo a rede hospitalar local”, afirma.

A secretária da Saúde, Arita Bergmann, destaca que as prioridades foram definidas por um comitê consultivo com representantes do Ministério Público, entidades de saúde e municípios. “Aplicamos recursos de forma planejada e consensual, com foco em reduzir filas e aliviar a pressão nas portas de entrada da rede”, diz.

Além do aporte imediato, o programa prevê R$ 758 milhões em 2026, destinados à continuidade da redução das filas, ampliação da linha materno-infantil, incentivo a hospitais de pequeno porte, transporte de pacientes, saúde mental, atendimento domiciliar e reabilitação física.

O vice-governador Gabriel Souza ressalta que o investimento reforça o cumprimento do mínimo constitucional em saúde e complementa a tabela do SUS, considerada defasada. “Teremos praticamente R$ 1 bilhão a mais até 2026 para ampliar e qualificar o atendimento”, afirma.

O SUS Gaúcho se apoia em princípios de regionalização, regulação transparente e fila única, buscando distribuir os recursos conforme as necessidades da população e a capacidade instalada dos prestadores. O programa também amplia o Programa Assistir, com novos incentivos a hospitais que prestam serviços ao SUS.

Com isso, o Estado consolida um processo iniciado em 2019, quando havia mais de R$ 1 bilhão em dívidas na saúde. Desde então, a quitação desses valores, a criação de novos modelos de incentivo e os aportes do programa Avançar Mais na Saúde abriram caminho para o novo sistema.

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