Prejuízos do Vale: 42 milhões de frangos, 960 mil suínos e 950 mil litros de leite

Entidades do Vale do Taquari se reuniram para discutir impactos da paralisação

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Entidades se reuniram para discutir impactos da paralisação

Um grupo de entidades reuniu-se na manhã desta quarta-feira (30/05), no Salão de Eventos da Prefeitura de Lajeado, para discutir os impactos da paralisação nas estradas sobre o Vale do Taquari. Além das perdas de alimentos, haverá emergência sanitária.

Segundo os dados apresentados pelas entidades, 42 milhões de frangos, 960 mil suínos e 950 mil litros de leite diários já estão perdidos. E a região enfrentará um momento de emergência sanitária em razão da dificuldade para descartar adequadamente um volume tão grande de carcaças de animais.

A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Emater RS e Colegiado do Desenvolvimento Territorial do Vale do Taquari (Codeter) haviam se reunido na terça-feira para elaborar um documento em que manifestam a preocupação da região com a situação iminente de emergência sanitária para o Vale em razão das paralisações e da falta de alimentos para os animais que são produzidos na área.

Nesta quarta, voltaram a se reunir para avaliar próximos passos, ocasião em que contaram com a presença também da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Câmara de Dirigentes Lojistas de Lajeado (CDL), Ministério Público, prefeitos e entidades.

“Defendemos o direito de todos de se manifestarem e expressarem sua indignação, mas acreditamos que já passamos do ponto de permitir a retomada do trabalho e o livre trânsito dos veículos. Temos que liberar veículos de ração e insumos para animais para evitar os efeitos negativos que isso trará para toda a nossa região. São 5.800 trabalhadores do setor primário afetados, e todos sofreremos perdas incalculáveis neste momento. Vamos perceber os efeitos deste movimento durante muitos meses no Vale do Taquari. Justamente por sermos um vale produtor de alimentos, o que nos poupou durante a crise dos últimos anos, é que vamos sofre mais com os efeitos da continuidade da paralisação”, explica Marcelo Caumo, prefeito de Lajeado e presidente da AMVAT.

“Queremos manifestar publicamente nossa preocupação com a situação iminente de emergência sanitária a instalar-se em toda a região nas próximas horas se a logística não for restabelecida. Sabemos da legitimidade da pauta, mas acreditamos que chegamos a um ponto em que é preciso retomar as atividades para evitar perdas ainda maiores para nossos produtores e nossa região”, avalia Cintia Agostini, presidente do Codevat.

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