Encontro no Caps de Estrela aborda prevenção ao suicídio

Diálogo na tarde desta quarta-feira fez parte das ações da campanha Setembro Amarelo

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Encontro na tarde desta quarta-feira teve a presença do secretário Elmar Schneider /Crédito da foto: Jaqueline Backes/Divulgação

O Centro de Atenção Psicossocial de Estrela (Caps) aderiu à campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, que ocorre em todo o país e que objetiva refletir e dialogar sobre o assunto, bem como identificar e ajudar a quem precisa. Conforme o Ministério da Saúde, o dia 10 de setembro é a data nacional para trabalhar esta temática nas diferentes áreas da saúde. Na tarde desta quarta-feira (05.09), o Caps promoveu um encontro, aberto à comunidade, para tratar deste e de outros assuntos.
O secretário da Saúde Elmar Schneider abriu espaço para ouvir pacientes e responder questionamentos. “O atendimento aqui vai além do profissionalismo. É amor”, disse umas das pacientes. “Sou tratada com carinho por todas as profissionais. Eu não consigo mais viver sem vir aqui”, compartilha outra. “Eu achava que era um lugar para louco, mas hoje vejo que é tudo nota 10. Aqui é minha segunda casa”, completa.
Conforme a psicóloga do Centro, Maria Angélica Hartmann Graff, o assunto é de extrema importância. Por isto, segundo ela, é trabalhado de janeiro a janeiro, sendo setembro um mês simbólico. Durante a campanha são realizadas ações mais intensivas buscando a prevenção e o esclarecimento. “Aqui lidamos com a questão do suicídio com muito afeto, acolhimento e orientação. Temos recursos profissionais e encaminhamento ao Hospital Estrela. Sempre falamos nos três “Ds” do suicídio – depressão, desânimo e desesperança – que são os três sintomas básicos que se observa nos pacientes, mas existem muitos outros”, diz.
O Caps presta cerca de 600 atendimentos por mês, em áreas como depressão, ansiedade, estresse, pensamento suicida, saúde mental, álcool e outras drogas. Realiza atendimentos individuais e possui grupos familiares, grupos de álcool e drogas, acolhimento diário, atendimento a pacientes intensivos, atendimento médico com psiquiatra, psicólogo, assistente social, enfermeiro, técnico de enfermagem, nutricionista, entre outros.
Conforme a psicóloga, as pessoas, se tiverem empatia, devem acolher e orientar a procurar o serviço. “Ainda existe, em muitas pessoas, o preconceito de que o Caps é um serviço para louco, mas não é assim. Ninguém escolhe ficar deprimido, assim como não escolhe ter diabetes, pressão alta ou outra doença. Então, a depressão é uma doença e merece toda atenção e cuidado. Quem ouve de um amigo  frases como estou sem vontade de viver, estou desanimado, com vontade de sumir, deve orientá-lo a procurar um serviço de saúde especializado que possa fazer essa escuta, esse acolhimento. Às vezes o próprio médico da Unidade Básica de Saúde já identifica e encaminha”, fala. Ela finaliza explicando o porquê do laço, símbolo da campanha Setembro Amarelo. “É o que ata, o que une as pessoas, as mãos, os abraços, o afeto. O Caps de Estrela atende de segunda a sexta-feira das 8h às 18h, na Rua 13 de Maio, 378, Centro.

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