A indústria gaúcha começa 2020 em ritmo mais intenso, com crescimento na produção (53,2 pontos) e no emprego (53,5 pontos) na comparação com dezembro do ano passado, quando foram de 42,4 e 48,8 pontos, respectivamente. É o que revela a Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, divulgada nessa quinta-feira (27/02), pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). “O empresário gaúcho mostra disposição para investir, mas também tem a expectativa da continuidade das aprovações das reformas necessárias para o País, especialmente a Tributária”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Os resultados da produção e do emprego, acima dos 50 pontos, expressam elevação ante o mês anterior, desempenho bem acima de suas respectivas médias históricas para o primeiro mês do ano (47,9 e 49,6 pontos).
Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu de 68%, em dezembro, para 67%, muito próximo do grau médio para janeiro (67,2%). O índice de UCI em relação a usual em 47 pontos mostrou que, na avaliação dos empresários, a capacidade continuou abaixo do usual para o mês, patamar dado pelos 50 pontos.
Em janeiro, o índice que mede os estoques de produtos finais relativamente ao planejado pelas empresas foi de 48,5 pontos. Valores abaixo de 50 indicam nível menor do que o planejado, mas diferentemente de outros indicadores, sinalizam uma demanda superior à esperada. “A indústria gaúcha tem total capacidade para aumentar a produção nos próximos meses”, afirma o presidente da FIERGS.
EXPECTATIVAS
Realizada entre 3 e 12 de fevereiro, a Sondagem Industrial apontou também que a expectativa da indústria gaúcha para os próximos seis meses não apenas continuou positiva, como melhorou em relação a janeiro. A exceção foram as exportações, cujo otimismo arrefeceu. Todos os índices seguiram acima dos 50 pontos, que refletem perspectivas de crescimento: a demanda subiu de 61,1, em janeiro, para 63,8 pontos, compras de insumos e matérias-primas, de 59 para 62, e emprego, de 55,4 pontos para 57,1. Já as exportações recuaram de 55,4 para 55 no segundo mês do ano.
O índice de intenção de investimentos nos próximos seis meses caiu 0,8 ponto ante janeiro, atingindo 57,1 pontos em fevereiro. Apesar disso, continuou bem acima de sua média histórica (49,4 pontos). Quanto maior o valor, mais empresas estão dispostas investir.
A pesquisa foi realizada com 183 empresas, sendo 34 pequenas, 60 médias e 89 grandes. Acompanhe o resultado completo, bem como a série histórica e a metodologia em https://www.fiergs.org.br/numeros-da-industria/sondagem-industrial.