Vale do Taquari aprova modelo de cogestão e sugere volta às aulas pelo Ensino Superior

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Prefeitos e secretários de Educação participaram da assembleia que discutiu a volta às aulas na região

Os prefeitos do Vale do Taquari aprovaram, em assembleia geral realizada nesta quinta-feira (13/08) à tarde, na Univates, o modelo de cogestão do Distanciamento Controlado. Já a proposta do Governo do Estado de retomar o ano letivo no dia 31 de agosto, pela Educação Infantil, não foi acatada pelos prefeitos, que sugeriram o reinício pelo Ensino Superior.

A proposta do modelo de cogestão regional está dividida em setores (abaixo). O comércio, administração pública e serviços, por exemplo, devem adotar integralmente regras da bandeira laranja. Já os restaurantes, seguem os critérios da bandeira vermelha (quando esta for a classificação do Governo do Estado), mas alternam o modo de servir, mantendo o atendimento presencial restrito das 7h às 23h.

Pelo modelo de cogestão, o Governo do Estado continuará classificando as regiões por bandeiras, que apontam o risco de contágio. A partir dessa classificação, cada associação poderá adotar medidas menos restritivas, desde que justificadas pelos comitês científicos de análise de dados da Covid-19. No Vale do Taquari, este comitê terá como responsável o médico Cláudio Klein, que é secretário de Saúde de Lajeado.

Volta às aulas pelo Ensino Superior

Outro assunto debatido durante a tarde foi a volta às aulas. A sugestão apresentada pelo Estado, na terça-feira (11/08), que prevê o retorno gradual e escalonado a partir de 31 de agosto para a Educação Infantil, não foi aprovada. A Amvat vai enviar à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) a sugestão para que a volta ocorra pelo Ensino Superior, sem datas, e propõe uma nova avaliação do quadro da pandemia no final de agosto.

Além disso, a Amvat quer questionar o Estado sobre como será feito o transporte escolar dos alunos quando ocorrer o retorno. “Esse é um assunto delicado, pois temos dificuldade de dar segurança a esta volta. Mas, entendemos que a Educação Infantil deve ser a última a retornar”, afirmou o presidente da Amvat e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan.

Quem critica a volta pela Educação Infantil é pela incapacidade de manter as crianças distantes, sem contato ou compartilhamento de objetos ou brinquedos. O governo alega que a volta pela Educação Infantil seria para permitir que os pais possam retomar as atividades profissionais, que as escolas sobrevivam e porque nessas séries o cumprimento de dias letivos não é obrigatório.

A assembleia contou com a presença de prefeitos e secretários de Educação, além do diretor-executivo do Hospital Bruno Born, de Lajeado, Cristiano Dickel; do diretor da CDP – Consultoria em Direito Público, Gladimir Chiele; e da presidente da Associação de Secretários Municipais de Educação do Vale do Taquari (Asemvat), Rosicler Flach, que também é secretária de Educação de Paverama.

Protocolo de cogestão regional

Administração Pública – Adotar integramente regras da bandeira laranja
Agropecuária – Manter integralmente regras da vermelha
Alojamento e Alimentação – Manter teto de operação da bandeira vermelha
para todos
Restaurantes: Alterar modo de atendimento, liberando atendimento presencial restrito das 7h às 23h
Lanchonetes e lancherias: mesma regra dos restaurantes
Comércio – Adotar integramente regras da bandeira laranja
Educação – Manter integralmente regras da vermelha
Indústria – Manter integralmente regras da vermelha
Saúde e Assistência – Manter integralmente regras da vermelha
Serviços – Adotar integramente regras da bandeira laranja
Serviços de Informação e Comunicação – Manter integralmente regras da vermelha
Serviços de Utilidade Pública – Manter integralmente regras da vermelha
Transporte – Manter integralmente regras da vermelha

Advogado Gladimir Chiele (e), presidente da Amvat, Celso Kaplan, e presidente da Asemvat, Rosicler Flach
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